A Póvoa de Varzim celebrou no
dia 16 de junho, o 41º aniversário da elevação a cidade. O Município assinalou
a data com uma cerimónia comemorativa de entrega de Medalhas de Reconhecimento
Poveiro, no Cine-Teatro Garrett.
Aparício Quintas, Instituto
Madre Matilde e Rotary Club da Póvoa de Varzim foram distinguidos por Aires
Pereira, Presidente da Câmara Municipal. Por estar ausente do país, em
importante compromisso profissional, a distinção Rui Costa irá ocorrer noutra
altura.
Convicto de que “a celebração do Dia da Cidade é, sobretudo,
a festa da cidadania”, Aires Pereira lembrou que “este é o primeiro “Dia da Cidade” a que presido, quero afirmar
que, no modelo de “sociedade cidadã”
que preconizo, o cumprimento dos compromissos políticos é ponto de honra: o
prometido é, efetivamente, devido.
“O que prometemos aos Poveiros, designadamente em matéria social e
fiscal, será cumprido. Uma comunidade socialmente coesa e uma fiscalidade amiga
das famílias e das empresas são fatores estruturantes da competitividade”.
O Presidente reconheceu que “temos, na nossa comunidade, cidadãos e
entidades que tanto a prestigiam e enobrecem como são os nossos conterrâneos
Rui Costa, ou o Sr. Aparício Quintas ou o Rotary Clube da Póvoa de Varzim ou o
Instituto Madre Matilde. É esta diversidade de contributos, de pessoas
singulares e coletivas, que atesta a riqueza da nossa sociedade civil”.
Aires Pereira anunciou que “o reconhecimento da Póvoa de Varzim a Rui
Costa fica adiado para um evento a realizar perto do final do ano. A sua
ausência hoje é justificada pelo importante compromisso profissional que o
retém além-fronteiras. Ao Rui Costa, o ciclista natural de Aguçadoura que é
figura maior do desporto português, quero, já hoje, agradecer o facto de sempre
se apresentar como um orgulhoso poveiro – ele que é, pela sua postura de
lutador e pela sua paixão pela bicicleta, um dos principais embaixadores que a
Póvoa de Varzim tem nos grandes e mediáticos palcos do desporto internacional”.
Ao outro homenageado, Aparício
Quintas, o autarca disse: “quero
agradecer não só a dedicação persistente à obra social notável que é o MAPADI,
mas também a forma humilde e discreta que assinalou, ao longo de quase quatro
décadas, essa ligação. O Sr. Aparício Quintas, sendo, de facto, “o homem do
MAPADI”, é efetivamente um cidadão com uma consciência social muito profunda –
alguém que tendo ultrapassado, por meios próprios, um problema da sua própria
família, decide envolver-se na busca de soluções para os problemas dos outros,
fazendo isso com uma determinação e uma persistência que desarmaram obstáculos
de toda a natureza. A obra vasta e grandiosa que o MAPADI ergueu, na cidade e
em Terroso, é fruto da cooperação de muitos, mas é sobretudo consequência do
caracter visionário e inovador e da fibra empreendedora de Aparício Quintas”.
E se “as instituições (como as comunidades,
em geral) são o espelho de quem as cria e dirige”, Aparício Quintas é “grande sobretudo na discrição com que se
deu à causa dos outros. Além da obra,
devemos-lhe este exemplo”.
Emocionado, o homenageado
Aparício Quintas revelou que “encaro esta
homenagem com simpatria e alegria. Considero que valeu a pena o sacrifício, o
amor ao próximo, pois temos umas instalações para deficientes de último grito.
Esta obra foi um êxito e um milagre de Deus.
Como poveiro, sempre trabalhei até aos 80 anos e fico satisfeito por
saber que ajudei a concretizar o que o meu pai sonhou”.
Sobre o Rotary Club, Aires
Pereira realçou a sua missão: “Dando de
si, antes de pensar em si”, os Poveiros que, desde há 50 anos, servem, em
campos muito diversos, a promoção social e cultural dos seus conterrâneos,
ergueram, há 7 anos, um projeto da maior relevância que é hoje um grande
contributo da sociedade civil para o desenvolvimento cultural e para ocupação
do tempo livre de uma faixa crescentemente significativa da nossa população sénior:
uma Universidade, cujo corpo docente é todo voluntário e cujos custos de
funcionamento são assumidos pelos alunos. Melhor exemplo de cidadania cultural
seria difícil”.
Enquanto Presidente do Rotary
Club e como membro fundador, José de Azevedo transmitiu que “o mais alto galardão atribuído pela
autarquia foi, para além de uma grata surpresa, a prenda maior do nosso
cinquentenário. É o reconhecimento do nosso trabalho em prol da cidade em 50
anos de vida. Ainda bem que o executivo desta autarquia esteve atento”.
Do Instituto Madre Matilde, o
Presidente do Município destacou que “há
58 anos se dedica ao acolhimento e à educação de crianças e jovens do sexo
feminino, dos 3 aos 18 anos, vítimas de maus tratos, ou abandono, ou que se
encontram em situação de risco. O Instituto Madre Matilde não esperou pela
modernidade mediática para se dedicar a esta causa. No meio da imensa
infelicidade que são algumas tragédias familiares dos nossos dias, conforte-nos
a esperança de que, graças à dedicação ilimitada de quem fez da felicidade
alheia a grande razão de ser da sua vida, há sorrisos que se abrem, há futuros
que se constroem, há vidas que renascem”, constatou.
Maria de las Nieves, Reverenda
Madre da Congregação “Filhas de Maria, Mãe da Igreja”, recebeu a distinção
atribuída ao Instituto Madre Matilde e revelou que “desde o primeiro momento que as Irmãs nos informaram que resolvemos
acompanhá-las e é com muita satisfação que aqui estamos, dado tratar-se do
reconhecimento dos objetivos pelos quais trabalhamos há 58 anos. Não nos estão
a homenagear senão pela nossa entrega às crianças necessitadas, que foi o fim
sempre almejado pela nossa Madre fundadora da congregação.
O nosso trabalho diário está centralizado sempre nas crianças e a
recompensa está nos sorrisos das nossas meninas. Nada mais, os seus sorrisos e
a sua confiança em nós já nos basta para preencher os nossos corações”.
Para Afonso Pinhão Ferreira,
Presidente da Assembleia Municipal, “o
Dia da Cidade deve ser um dia destacado pelo Município e cabe-nos torná-lo
marcante ajudando a consolidar uma consciência social na comunidade poveira.
Essa consciência poveira passa, em primeiro lugar, por compreender que a cidade
é construída no dia-a-dia por todos e por cada um dos cidadãos e que essa
construção deve assentar numa comunidade de afetos. Uma comunidade de afetos
onde se privilegie a concórdia como forma de viver, pois só assim se poderá
assegurar a necessária coesão municipal, indispensável à defesa dos interesses
do Município e dos munícipes”.
Veja as imagens desta
cerimónia do 41º aniversário da Póvoa de Varzim.