Não costumo comentar os artigos que publico aqui, mas quando a falácia é do tamanho de um boi, a gente tem que se desviar, até para não ser atingido.
Este tema (dilema) é recorrente nas análises dos nossos doutos economistas, estejam no activo, na privada ou na pública, ou sejam apenas comentadores de economês.
Nem vou fazer grandes análises ou apresentar o contraditório ao que o “relatório” quer demonstrar, até porque tem variáveis aldrabadas (em 1950, reformados aos 65 anos?) porque vou fazer apenas uma afirmação e duas perguntas.
A afirmação: Em toda a minha vida de trabalho fiz descontos para a (minha) aposentação!
1ª Pergunta: O montante do que vou receber na minha aposentação, vem seguramente dos meus descontos!
2ª Pergunta: Se não é dos descontos que fiz para aposentação, quem é que ficou, ou usou indevidamente o meu dinheiro? Ou não estou a ver bem?
Cada vez menos trabalhadores da activa sustentam aposentados
O envelhecimento da população acentua-se nos países mais ricos e põe em risco o seu estilo de vida, ameaçando OS seus sistemas de saúde e de aposentadoria, adverte um estudo divulgado nesta quarta-feira nos Estados Unidos.
Em 1950 havia no mundo 12 pessoas que trabalhavam por cada aposentado ou idoso com mais de 65(?) anos. Em 2010, esta relação desceu para 9, segundo um estudo do Population Reference Bureau (PRB).
Dentro de 40 anos, em 2050, esta relação de profissionais activos que mantêm os de mais idade, será de 4 para 1, segundo este instituto de pesquisas sem fins lucrativos(?), especializado na análise de dados demográficos, principalmente fornecidos pelas Nações Unidas.
"Hoje assistimos a uma tendência dupla na população mundial", explicou Bill Butz, presidente do PRB.
"Por um lado, temos uma taxa de fecundidade cronicamente baixa nos países industrializados, o que começa a comprometer a saúde e a segurança financeira dos idosos", afirma.
"Por outro lado, os países em desenvolvimento agregam a cada ano mais de 80 milhões de indivíduos à população mundial. Só os mais pobres destes países somam 20 milhões a cada ano, o que aumenta a pobreza no mundo, assim como a pressão sobre o meio ambiente", acrescenta.
A população mundial chegará, em 2010, a 6,9 bilhões de pessoas, e todo o crescimento populacional repousa nos países em (sub)desenvolvimento (emergentes). Os habitantes da África, por exemplo, terão duplicado até 2050, e chegarão aos dois mil milhões (e têm reformas?).
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Ao contrário, os países desenvolvidos, que têm 1,2 mil milhões de habitantes, assistirão ao envelhecimento da sua população. No Japão, por exemplo, onde a taxa de fertilidade caiu para 1,4 filho por mulher, há apenas 3 adultos por pessoa aposentada, a relação mais baixa do mundo, com a Alemanha e a Itália, segundo a informação.
Em 2050, o Japão não terá mais que um adulto em idade de trabalhar por cada aposentado. A Alemanha, a Itália e a França terão uma proporção de 2 para 1. Os Estados Unidos, actualmente com uma proporção de 5 activos para 1 aposentados, cairão de 3 a 1.
"A população mundial chegará em 2010 aos 7 mil milhões de pessoas, apenas 12 anos depois de ter chegado aos 6 mil milhões", diz Carl Haub, membro de PRB e co-autor do estudo.
A pesquisa faz comparações que dizem muito sobre a evolução da população. Assim, a Etiópia e a Alemanha têm, actualmente, quase os mesmos habitantes (85 e 82 milhões, respectivamente), mas a população etíope dobrará em 2050, enquanto a da Alemanha cairá para 72 milhões, devido a uma taxa de fecundidade muito baixa (1,3 filho por mulher contra 5,4 filhos por mulher na Etiópia).
A crise económica também parece ter causado uma queda nas taxas de nascimento nos países industrializados (só?), acrescentou o relatório, citando entre outros países a Espanha e os Estados Unidos.
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