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quarta-feira, 20 de junho de 2012

do que vou tomando conhecimento

Alberto Eiras foi o convidado do “À quarta (h)à conversa” e escolheu como temática a Casa Poveira de Acção Social: Patronato, Lactário e Cozinha Económica. “Trata-se de uma instituição de solidariedade social com estas três atividades distintas que, durante cerca de 40 anos, prestou muitos e valiosos serviços, numa altura em que a Póvoa apenas dispunha d’A Beneficente e do Hospital da Santa Casa da Misericórdia, e que hoje é praticamente ignorada”, explicou. “Esta instituição resultou de uma ideia da Comissão Administrativa do Município poveiro e foram 25 os seus sócios-fundadores”, continuou.
Segundo Alberto Eiras, a liderança foi, desde o início, confiada ao primeiro pároco e abade da recém-criada freguesia eclesiástica de S. José de Ribamar, Padre Manuel da Costa Gomes, mais tarde nomeado arcipreste de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim. As instalações desta instituição foram emprestadas pela Santa Casa da Misericórdia, local onde, atualmente, funciona a secção de fisioterapia. “Nesse pavilhão começou a funcionar a Cozinha Económica, denominada Dr. Oliveira Salazar, fornecendo refeições a preços acessíveis aos operários que vinham de longe e a famílias com baixos rendimentos. Estas eram constituídas por 250 gramas de pão, 1 litro de sopa e uma prato abundante de peixe, carne ou bacalhau, sendo que o pão custava 30 centavos, a sopa 50 e o prato 80 centavos”.
Esta valência de Cozinha Económica foi a primeira a abrir nesta Casa Poveira e, também, a primeira a encerrar “por se tornar inviável economicamente”.
Quanto à valência de Lactário, “era costume as 200 leiteiras que traziam à Póvoa o leite para consumo diário deixarem cerca de 1 dl para análise. Mas, como a quantidade necessária de leite para análise era mínima, todos os dias restavam cerca de 20 litros, que eram distribuídos pel’A Beneficente (15 litros) e pelo Hospital (5 litros). Daí nasceu a ideia do leite ser utilizado e distribuído pelo Lactário”, explicou. Farinhas, leite condensado e outros produtos oferecidos, sobretudo pela Caritas, também eram distribuídos pelas famílias mais carenciadas.
Finalmente, sobre a terceira valência, o Patronato, “talvez a mais importante e a que mais perdurou”, Alberto Eiras contou que “cerca de 40 rapazes de famílias muito pobres, sobretudo órfãos, frequentaram aquele local, onde aprendiam as oficinas de tipografia e sapataria”.
No entanto, a Casa Poveira terminaria com a “insistência do Hospital de que precisava daquele pavilhão para instalar uma enfermaria para doentes tuberculosos, doença que atacou muitas pessoas naquela altura. É então que surge a ideia de mudança para um edifício na Avenida Mousinho de Albuquerque, mas agora apenas para o funcionamento do Patronato, com a denominação Centro Social de S. José de Ribamar”.
O convidado sublinhou que como acontece com as pessoas, também as instituições nascem, crescem, vivem e depois morrem. Foi o que aconteceu com a Casa Poveira de Acção Social ao fim de 40 anos de atividade”.     

U.S.R.C.P.V.





Diretor Pedagógico e Coordenador da Universidade Sénior

Serafim Amaro Afonso

Professores da U.S.

2011/2012: 130 alunos


Final do ano letivo da Unversidade Sénior

Mais uma vez, desta feita a propósito do final do 5.º ano letivo da Universidade Sénior - criada pelo Rotary Club da Póvoa de Varzim em 2007 - realizou-se um jantar festivo, em que participaram professores, alunos, familiares e alguns rotários, incluindo o Presidente 2011-2012, Engº José Leão Costa, num total de 90 pessoas. Do programa constaram:
Atuação do Coro da Universidade Sénior, dirigido pelo Dr. José Abel Carriço; Declamações de poesias por alguns alunos: Maria Albina Nogueira;Joaquim Lopes; Carolina Sá; José Maria Carneiro; José Sepúlveda...
Atuação do grupo Os Cavaquinhos, sob a orientação do Professor João Silva.
Pudemos também ver uma interessante exposição de trabalhos dos alunos de Artes Visuais.

Da intervenção do Diretor Pedagógico e Coordenador da Universidade Sénior, destacamos a passagem seguinte:
"É um momento de felicidade, este, de estarmos aqui, num jantar de festa, a propósito do final do ano letivo. Temos, com certeza, boas razões para festejar. À medida que os anos passam, e este foi o quinto da existência da Universidade Sénior, o seu funcionamento tem estabilizado cada vez mais em elevados índices civilizacionais, de solidariedade e de sucesso. Os alunos ultrapassaram os 130 e, mais uma vez, ao longo de todo o ano, construíram um clima exemplar de convívio e de respeito pelas normas próprias de uma instituição escolar modelo, sem que essas normas tenham alguma vez sido expressamente estabalecidas. São as opções espontâneas de todos e de cada um a excederem, em razoabilidade, tudo o que se poderia pretender com o mais exigente código de conduta.
A Direção assistiu e agradece.
Mas, se foi assim com os nossos alunos, o que dizer dos nossos professores?
Tudo quanto dissermos peca por insuficiente. Fica sempre aquém da realidade. A dedicação, o empenhamento, o rigor, a disponibilidade e a simpatia, continuam a ser inexcedíveis. Prepararam aulas, organizaram material de apoio, trabalharam mesmo quando ainda convalescentes, compensaram tempo de ausência por doença, ensaiaram para além dos horários estabelecidos... Enfim, com estes professores, vale a pena ser aluno; com alunos destes é, com certeza, bom, ser professor. Para culminar esta harmonia de atitudes e de funcionamento temos ainda, como sabem, o nosso prestimoso e estimado Amigo, Senhor José Carlos. Que seja, como se costuma dizer, a cereja em cima do bolo. Com estas condições excecionais também dá gosto pertencer à Direção...
Serafim Amaro Afonso
O Presidente do Rotary Club da Póvoa de Varzim dirigiu também uma saudação aos presentes, com palavras de felicitação e de agradecimento aos professores e alunos da Universidade Sénior.