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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Contra a pobreza, a riqueza da diversidade cultural

Egípcios não fazem jejum de cultura durante o Ramadão
Os muçulmanos egípcios desfrutam neste fim-de-semana de um variado banquete cultural para festejar com fartura, música, dança e teatro o fim do jejum diário durante o mês do Ramadão, que este ano vai até o dia 9 de Setembro.
Ao cair do sol do último dia de Ramadão, muçulmanos e não muçulmanos, egípcios e estrangeiros, não só se deliciam com o "iftar" - refeição com a qual se rompe o jejum -, mas também aproveitam uma ampla oferta de atracções culturais, escassas noutras épocas do ano.
"Em geral, os eventos ao vivo não são comuns no Egipto", diz a responsável cultural Myriam Makhoul, encarregada de organizar a programação do centro cultural Darb 1718, localizado numa das zonas mais periféricas do Cairo Antigo, afastada dos tradicionais itinerários turísticos.
"Já que essas actividades são todas gratuitas, ajudamos as pessoas que nos rodeiam, os moradores do Cairo Antigo, que venham, desfrutem e tenham acesso a coisas que nunca viram antes", explica Makhoul.
Para ela, essa é uma forma de educar os mais pobres "para que tenham novos horizontes".
Só neste fim-de-semana, milhares de pessoas reuniram-se no Darb 1718 para participar de oficinas de artesanato, comprar em bazares coloridos peças feitas à mão, ouvir contos e cantar vigorosamente com bandas egípcias.

sábado, 21 de agosto de 2010

Aproximando as Culturas Lusófonas II

Eventos e valorização da Língua Portuguesa no Ceará, com a “Casa da Lusofonia” em Fortaleza
A Casa da Lusofonia passa a ser uma realidade em Fortaleza, na Praia de Iracema, onde a Câmara Municipal expropriou o prédio onde funcionava o “La Tattoria” e o espaço vai ser reformado de imediato, passando a abrigar a Casa da Lusofonia e o Centro de Informações Turísticas de Fortaleza.
Será um espaço cultural de realização de eventos e mostras, que tenham a ver com a valorização do mundo cultural luso-brasileiro e da valorização da Língua Portuguesa. Ao lado irá funcionar o Instituto Cultural Iracema. Toda a região está a ser modernizada e serão abertas ligações ao Centro Cultural Dragão do Mar. Serão 22 intervenções em todo o bairro, todas atendendo ao padrão de acessibilidade, que atraiam visitantes de Fortaleza e de turistas.
A Casa da Lusofonia deverá manter ligações com parceiros em todo mundo lusófono, visando a criação progressiva de uma rede de estruturas do mesmo tipo e a consequente configuração de um circuito permanente de intercâmbio nesse espaço geocultural.
Casas de Lusofonia no Brasil

Aproximando as Culturas Lusófonas I

"Literatura oral" para alunos lusófonos
O Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), com sede na cidade da Praia, em Cabo Verde, acaba de editar a colectânea “Literatura Oral”. Coordenada pela sua directora-geral cessante, a linguista angolana Amélia Mingas, “Literatura Oral” tem uma substância pedagógica de suma importância.
O conjunto articula cinco publicações, totalizando meio milhar de páginas, que realçam os provérbios de todo o espaço lusófono, por um lado, e adivinhas, por outro.
São “livrinhos” sobre os contos de Angola, do Brasil e de Portugal, projecto que vai ser contínuo e que cobrirá, naturalmente, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-leste.
O conjunto de cinco volumes teve a colaboração de uma meia centena de especialistas, entre linguistas, antropólogos e historiadores que pertencem a instituições como a Universidade Agostinho Neto, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Instituto Nacional da Cultura de Cabo Verde, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas da Guiné-Bissau, a Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique e do Fundo das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A escolha do património põe em evidência, as tradições orais, aqui em três modalidades de expressão, nomeadamente “provérbio”, “adivinha” e “conto”. Esta opção foi absolutamente pertinente porque esta herança constitui um dos primeiros legados das civilizações. Com efeito, todas as culturas do mundo se desenvolveram tendo por base codificações orais.
A descida às origens desemboca, inevitavelmente, no verbo inicial tradicional tendo, portanto, posto em evidência este domínio cultural, presente em África, na América do sul, na Europa e na Ásia.
Texto completo de Simão Souindoula - Perito da UNESCO, aqui e gravura daqui

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A influência dos idiomas africanos no português (sem acordos)

Línguas africanas em debate na Baía
A cidade brasileira de Salvador, capital do estado da Baía, vai receber de 1 a 3 de Setembro, o Seminário Internacional sobre as Línguas Africanas.
Angola vai estar presente na reunião, com o historiador Simão Souindoula, Vice-presidente do Comité Cientifico Internacional do Projecto da UNESCO, “A Rota do Escravo”, que vai falar sobre o tema de “2010, Ano Internacional da Aproximação de Culturas”.
Cerca de 500 especialistas participarão na reunião, que vai discutir as novas abordagens da perpetuação das línguas negro-africanas sobre o continente americano e no conjunto insular caribenho. A influência no outro lado do Atlântico de línguas de origem bantu, particularmente o kikongo, kimbundu e umbundu, de Angola, o ronga e macua, de Moçambique, e ainda o mande, ewe-fong e yoruba, é outros ponto marcante da agenda.
A influência dos idiomas africanos no português falado e escrito no estado da Baía, que tem a maior população de afro-descendentes no mundo, vai também ser analisada.
Notícia daqui e foto daqui

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Um barulho muito silencioso – Mia Couto

“O ‘rap’ que os jovens cantam nas cidades não é menos moçambicano que o ‘tufo’ das praias do Norte. A escrita poética, carregada de surrealismo, de Luís Carlos Patraquim não é menos moçambicana que a oralidade de um camponês da Zambézia”
Cultura é um conceito tão vasto que pode ser vazado de sentido. O que quer dizer que a cultura se arrisca a ser apenas uma simples palavra. E as palavras, amputadas dos conceitos, são a bagagem mais certa do discurso vazio. A cultura é assunto demasiado sério para ser entregue aos que querem converter a cultura numa palavra oca ou numa prática decorativa. Uma espécie de vuvuzela que serve para agitar um estádio mas que nunca se sabe que equipa se está a apoiar. Não se sabe quem produz barulho, nem o que se quer dizer com esse ruído. Provavelmente, o que se quer é apenas isso: produzir barulho.
A cultura reduzida à dança
Recordo-me - logo a seguir à Independência, nos grandes comícios - dos grandes chefes anunciarem: “agora, vai entrar a cultura”. E subiam ao palco os dançarinos. A cultura era isso, a dança. O serviço da dança era abrilhantar o evento político. E ficava bem claro que a dança era um serviço e os dançarinos eram servidores. Talvez este exercício fosse apenas a memória de um universo em que o político, o religioso e o cultural eram uma única e inseparável esfera? Pode ser que sim. Mais do que inércia de um tempo, aquele modo de usar uma manifestação cultural era uma conveniência.
Os que mandavam, mostravam que eram patrões totais, comandando os assuntos visíveis e invisíveis.
O que pode estar ainda a ocorrer é que a nação inteira seja ainda vista como um grande palco. Para onde sobrem, quando devidamente chamados, os fazedores da cultura. Isto é, os dançarinos da corte.
Cultura reduzida à tradição
A invocação da tradição é outra estratégia para a legitimação do discurso político. Recorrer à tradição pega sempre bem. Ainda que ninguém saiba exactamente o que é a tradição. Mesmo que se suspeite que aquilo que hoje invocamos como valor tradicional tenha sido ontem uma provocadora modernidade.
Esta evocação da tradição não se destina apenas a conquistar uma maior aceitação. O chamado “tradicional” ajuda a definir hierarquias. O que é moderno surge, por via desta ilusão, como “menos” moçambicano.
A capulana que, outrora, foi uma modernidade importada do exterior, é hoje uma credencial de “moçambicanidade”. Esta é a dinâmica da história das culturas, em todo o lugar do mundo. Mas o demagogo, o que quer vazar a cultura da sua condição histórica, ergue a cultura como uma construção eterna e definitiva. O que ele sugere, quando fala (o demagogo fala ou simplesmente discursa?) é que a cultura “moçambicana” sempre foi assim, desde os tempos imemoriais.
A questão cultural que se coloca
É uma questão cultural, dizia-se no chamado tempo da revolução para justificar fosse o que fosse. O fulano maltratava a mulher. Era uma questão cultural. O polícia abusava do poder? Era uma questão cultural. A frase feita sugeria uma acção desfeita. De outro modo: a culturalidade de uma prática era suficiente para a legitimar. E estávamos isentos de fazer fosse o que fosse. O dirigente suspirava de alívio: não se lhe era exigido fosse o que fosse. A sua passividade perante as tantas questões culturais era, ela mesmo, uma questão cultural.
Hoje, a situação mudou. Mas apenas na forma. Na substância, a cultura permanece aquilo que é para as elites de todo o mundo: uma espécie de lixívia para lavar a política. Um espectáculo de cor e luzes para abrilhantar a prática política.
O que estou fazendo aqui é percorrer, apenas ao de leve, uma lista de equívocos que não ajudam a definição de uma cultura interveniente e emancipadora. Por exemplo, ainda está presente a ideia ingénua que a nossa identidade cultural deve ser buscada no passado, como coisa arqueológica. Como se a “cultura” estivesse apenas na raiz. A cultura está em toda a planta: na raiz, no caule, nas folhas, no fruto, nas sementes ainda por germinar. O “rap” que os jovens cantam nas cidades não é menos moçambicano que o “tufo” das praias do Norte.
A escrita poética, carregada de surrealismo, de Luís Carlos Patraquim não é menos moçambicana que a oralidade de um camponês da Zambézia.
A tentação maior, sobretudo nos regimes de ditadura, é eleger uma cultura “pura” ou apenas “mais “pura” que as restantes culturas. Os portadores dessa cultura estão autorizados, pelo direito divino e terreno, a serem mais ricos, mais poderosos. E a reprimirem os de cultura “menos pura”.
Tenho memória vaga de conflitos étnicos que ocorreram durante a minha infância, na cidade da Beira. Milhares de pessoas da Zambézia e de Nampula fugiram para os seus lugares de origem. É bem provável que esses conflitos tenham sido alimentados pelo governo colonial. Mas acho que é simplista explicar apenas assim a génese desses atritos. De qualquer modo, recordo-me bem de gente da Beira justificar-se da proclamada inferioridade dos “outros”, dos “nortenhos”, dos chamados “parapatos”. Alguns me diziam “esses comem cobras, não são como nós”.
Surgia clara a invocação de uma outra identidade, uma outra cultura para justificar que se “limpasse” a “pureza” dos chamados donos da terra.
Uma cultura que só pode dizer no plural
Moçambique é um mosaico de culturas. À força de ser repetida, esta frase (que é absolutamente correcta) corre o risco de não significar nada. Mas pode ser ainda mais grave: pode ser palavreado que encobre uma outra mensagem. E essa mensagem pode equipar a cultura a um mosaico enquanto objecto inerte. Isto é, uma realidade material unidimensional.
De cores várias, sim, mas de um único e já acabado fabrico. Na verdade, o mosaico que somos não é exactamente o de culturas mas de relações entre culturas. Porque, afinal, esse é o segredo de uma política cultural produtiva, capaz de combater a pobreza interior de quem tanto tem falado o Presidente Guebuza. Esse segredo consiste numa cultura que seja não apenas um mosaico mas um entidade viva, uma criatura simbiótica que se orgulha não de uma qualquer inexistente “pureza”, mas da sua mestiçagem permanente. Como toda outra cultura, a nossa só é viva e só é nossa se for a interacção entre as muitas culturas de muitos lugares e múltiplos tempos. De outro modo, a tão festejada “cultura” não passa de uma vuvuzela que não produz senão barulho. E esse barulho é apenas o nome de um enorme silêncio.
Mia Couto
Texto daqui
Foto no Diana-Bar

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pluralismo religioso e Dinâmica Missionária

1.      Globalização e Pluralismo Religioso (1º ponto de um longo e sério trabalho)
O tempo actual é de globalização intensificadora, de afirmação de uma consciência mais planetária, de aproximação de culturas e religiões.  Esta globalização não constitui unicamente um fenómeno económico, mas traduz igualmente uma transformação do contexto comunitário e pessoal da experiência social.  As actividades quotidianas passam a ser influenciadas por eventos que ocorrem nos lugares mais distantes. Não há como negar o impacto exercido por tal fenômeno nas identidades culturais e religiosas.  As identidades são “discursivamente forçadas a uma exposição”, provocadas à interrogação e ao discurso. A globalização aproxima identidades, que são distintas: as diferenças tornam-se mais localizadas e visíveis, diretamente encontradas. Isto não significa, necessariamente, a instauração de uma dinâmica dialogal. Na realidade, a aproximação não proposital de identidades distintas leva muitas vezes à suspeita, ao temor e ao conflito. A presença “ameaçadora” do outro provoca, em casos concretos, o temor do desenraizamento e da perda da identidade. O actual crescimento dos fundamentalismos ou neofundamentalismos é uma expressão viva deste temor.
A afirmação da modernidade veio acompanhada de um aumento quantitativo e qualitativo da pluralização, entendida também como pluralização física e demográfica. Verifica-se paupavelmente um crescimento populacional, uma maior aproximação involuntária das pessoas, uma exposição pelos meios de comunicação de massa de diferentes e contraditórios modos de pensar e viver etc.
O sociólogo Peter Berger tem abordado extensivamente esta questão e levantado indagações bem pertinentes para a reflexão. Na sua visão,
 “o pluralismo cria uma condição de incerteza  permanente com respeito ao que se deveria crer e ao modo como se deveria viver; mas a mente humana abomina a incerteza, sobretudo no que diz respeito ao que verdadeiramente conta na vida. Quando o relativismo  alcança uma certa intensidade, o absolutismo volta a exercer  um grande fascínio”.
O temor provocado pelo pluralismo, sobretudo as suas possíveis consequências no campo da afirmação do sentido, tem suscitado a criação diversificada de mecanismos de defesa institucional voltados a impor limites  à interacção e comunicação das identidades distintas. Para driblar o risco da desorientação e dispersão identitária, erguem-se, por todos os cantos, “muros” de defesa voltados para a afirmação rigorosa das convicções tradicionais e a manutenção da auto-evidência da sua plausibilidade. Entende-se claramente a razão que move hoje em dia inúmeros grupos que buscam normas de navegação, marcos referenciais mais seguros para a sua vida, quando não rígidos e cristalizados.  Verifica-se igualmente tal tendência em muitas instituições religiosas  ou núcleos com elas relacionados. Na base desta busca de parâmetros mais seguros ou firmes encontra-se o receio da relativização, que pode acompanhar a dinâmica de afirmação do pluralismo.  Ao desacreditar os conhecimentos auto-evidentes e as interpretações tidas como únicas em validade, o pluralismo moderno vem responsabilizado pelas crises subjectivas e intersubjectivas.  Ergue-se uma crítica contundente ao pluralismo moderno, responsabilizado  pela desestabilização  das “auto-evidências das ordens de sentido e de valor que orientam as ações e sustentam a identidade”.
Os que defendem o diálogo inter-religioso  insistem na ideia de que o pluralismo  moderno, e em particular o pluralismo religioso, constitui hoje um desafio insuperável, trazendo consigo uma exigência de transformação dos parâmetros de orientação da vida e de percepção da identidade. O pluralismo vem acolhido como um valor inevitável e não fonte de insegurança. O diálogo inter-religioso busca ser uma alternativa possível ao risco representado pela realidade tensa da imediatez das distinções religiosas, que podem provocar a afirmação de “identidades mortíferas”. Trata-se de uma forma emergente de regulação ou “gestão convivial das identidades colectivas”. O diálogo inter-religioso aposta na possibilidade de uma afirmação plural das identidades, abertas e disponibilizadas à aprendizagem da alteridade.
O pluralismo religioso traduz a presença real e desafiadora de identidades religiosas  complexas e distintas, pontuadas pela consciência viva de sua singularidade e pela força das suas convicções. Marca uma perspectiva de mudança a respeito a um momento anterior caracterizado por uma maior homogeneidade de pertença. Como  fenómeno tipicamente moderno, as religiões passam a reivindicar maior autonomia e legitimidade  específicas.  Com o pluralismo religioso  afirma-se igualmente a reivindicação crescente em favor da liberdade religiosa  e a oposição a quaisquer tentativas de proselitismo ou coerção no campo religioso. A questão ganha ainda maior complexidade no tempo actual, com a discussão dos direitos da laicidade.  Fala-se da laicidade como “princípio fundamental da liberdade espiritual e da igualdade”. Reivindica-se o direito inalienável em favor de “opções espirituais” que envolvem caminhos religiosos ou não.
Faustino Teixeira - Professor no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora
Trabalho (que vale a pena ler todo) completo aqui
Imagem daqui

terça-feira, 27 de julho de 2010

Breakbot – Viva o Verão e a arte à mão!

Baby I'm Yours é o  primeiro clipe oficial do francês “Breakbot”
O clipe foi feito com aguarela pintada à mão, pelo artista Irina Dakeva. 
Cerca de 2.000 fotogramas. Um espectáculo que já não se fabrica muito! Daí o seu interesse e porque é Verão…
Daqui - Imagem daqui

segunda-feira, 12 de julho de 2010

XXXII Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim

Programa
Dia 13 - Recital de Éric Le Sage, inteiramente dedicado a Robert. O pianista francês interpretará, no Auditório Municipal da Póvoa de Varzim, a Humoresque op. 20, os Estudos Sinfónicos e ainda Blumenstücke op. 19 e Três Romances op. 28.
Dia 14 - Estreia em Portugal do Stile Antico, agrupamento vocal britânico, que apresenta em concerto, na Igreja Matriz da Póvoa de Varzim, a Missa “In illo tempore” de Claudio Monteverdi.
Dia15 - No Museu Municipal da Póvoa de Varzim, o Quarteto Verazin – jovem agrupamento residente do FIMPV –, toca Haydn e Beethoven (quartetos op. 20 nº 2 e op. 59 nº 1, respectivamente).
Master class de Miguel Rocha (violoncelo) decorrerá entre 15 e 17 de Julho.
Dia16 -A Capilla Flamenca actua pela primeira vez no FIMPV. O programa “Canticum Canticorum será concretizado na Igreja Românica de S. Pedro de Rates.
Dia 17 - A pianista brasileira Cristina Ortiz homenageia Chopin com a apresentação da integral das Baladas e dos Scherzi.
Master class de Cristina Ortiz (piano).
Dia 19 - O Fine Arts Quartet interpretará música de Haydn (Quarteto op. 77 nº 1), Shostakovich (Quarteto nº 7) e César Franck (Quinteto com piano). Nesta última obra, o piano estará a cargo de Cristina Ortiz.
Dia 21 - Concerto por Les Basses Réunies.
Dia 23 - Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim .
Dia 24 -  Sond’Ar-te Electric Ensemble.
Dia 25 - Recital de Pierre Hantaï e Amandine Beyer.
Mais informações, incluindo reserva de bilhetes e boletins de inscrição nas master classes, no portal www.cm-pvarzim.pt/go/festivalinternacionalmusica
Imagem daqui

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A importância das TICs

Investir em Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) é uma componente transversal, que afecta e potencia todo o esforço mundial, para que, a ciência, a tecnologia e a educação se incorporem como ferramentas poderosas para se progredir para a Sociedade do Conhecimento, contribuindo para melhorar a educação, saúde, qualidade de vida, bem-estar, segurança e gestão dos serviços públicos.
Enfatiza-se a importância das TIC como uma ferramenta transversal, que contribui para o desenvolvimento sustentável e equitativo, o fortalecimento da governabilidade e a promoção dos direitos humanos, bem como a necessidade de trabalhar intensamente para garantir que cada pessoa, especialmente aquelas que se encontram em situação vulnerável, desfavorecidas e com necessidades especiais, possam participar dos potenciais benefícios gerados pelas novas tecnologias.
As TIC podem ser também um elemento central para assegurar a colaboração na ciência, tecnologia e inovação no mundo. Hoje, não se concebe a ciência de ponta, sem TIC. Os centros científicos de referência, regionais, de si muito limitados, podem fortalecer-se e assim construírem condições para que os novos sejam compartilhados por todos os cientistas da região.
Há uma necessidade de contar com ferramentas e mecanismos eficazes que logrem informar maciçamente a população. O uso e acesso a novas tecnologias da informação devem ser parte de uma estratégia global de desenvolvimento.
Da mesma forma, as TIC devem ajustar-se às necessidades locais. O processo de inclusão social requer o desenvolvimento local de instrumentos de TIC adequados culturalmente a cada região. É essencial considerar a sustentabilidade dessas estratégias, tanto em termos financeiros, como na criação de uma cultura de cidadania, através da educação e do lazer. As TIC podem implementar-se com êxito como resultado de um processo de capacitação da Comunidade; por outras palavras, quando de desenvolvem no âmbito de um processo sustentado de participação social.
Texto e imagem daqui

Carvalho Dias deu uma lição sobre Património e Globalização

“Tudo pertence à mesma família. Todos somos irmãos. Todos somos iguais”. Esta foi a mensagem transmitida por Carlos Carvalho Dias na conferência “Património e globalização na transição da Monarquia para a República” que decorreu ontem à noite, no Arquivo Municipal.
Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura, realçou a sensibilidade extrema de Carvalho Dias que deu uma “lição sobre globalização e defesa do nosso património” para além de ter revelado um “conhecimento intrínseco da literatura”. “Aprendi muitas coisas hoje” confessou o Vereador que apesar de se considerar uma pessoa optimista prevê um mau futuro no que se refere à preservação do património. Luís Diamantino afirmou que “é importante reconhecermos aquilo que temos, mas muito mais importante é mantê-lo”. Há pequenos tesouros que temos que preservar mas esses espaços são alvo de vandalismo e cada vez se torna mais complicada a sua conservação neste mundo insensato, acrescentou o autarca.
Carvalho Dias informou sobre a classificação do património na Póvoa de Varzim sendo que o primeiro monumento identificado foi a Igreja de S. Pedro de Rates em Março de 1881 e o Aqueduto de Santa Clara (este, classificado em Vila do Conde). Em Junho de 1910 foi reconhecido o Pelourinho da Póvoa de Varzim e confirmada a classificação de S. Pedro de Rates e do Aqueduto, ambos como "Monumento Nacional" (M.N.). Em 1933, o Pelourinho de Rates é considerado "Imóvel de Interesse Público" (I.I.P.), estatuto reconhecido à Fortaleza da Póvoa de Varzim em 1960 e após um ano à Cividade de Terroso.
Em 1974, foram classificados a Igreja de Nossa Senhora das Dores (I.I.P.) e o Edifício da Câmara Municipal (I.I.P.) e em 1977, o Conjunto Urbano do Passeio Alegre (I.I.P.) e a Igreja Matriz da Póvoa de Varzim (I.I.P.) e os Antigos Paços do Concelho, como "Imóvel de Valor Concelhio" (V.C.). O Solar dos Carneiros foi também identificado como Imóvel de Interesse Público, em 1986.
Nas considerações que teceu sobre os dois conceitos de Património e Globalização, Carvalho Dias mostrou que há uma grande relação entre ambos: “Todos somos património mundial”, referiu o arquitecto que informou que a necessidade de preservação do património não é uma questão recente revelando que no século XIX o património passou a ser reconhecido como sendo um assunto respeitante a toda humanidade.
O arquitecto apontou alguns aspectos positivos e negativos da globalização, relatando alguns episódios pessoais vividos em diferentes lugares do mundo e emoções sentidas perante as diversas experiências. “No meu entender a globalização sempre existiu”, aferiu.
Texto e foto daqui

terça-feira, 6 de julho de 2010

Património e Globalização

No dia 8 de Julho, quinta-feira, às 21h30, realiza-se, no Arquivo Municipal, uma conferência intitulada “Património e globalização na transição da Monarquia para a República”, proferida por Arquitecto Carlos Carvalho Dias.
Justificando o título dado à conferência, o arquitecto informa que “serão feitas ligeiras considerações sobre os dois conceitos de Património e Globalização, que pretendo demonstrar estarem mais relacionados um com o outro do que normalmente se poderá julgar”.
Carvalho Dias adiantou ainda que irá reportar-se à importância dada ao Património, quer a nível universal, quer nacional e, “a respeito de ambos estes níveis, serão feitas referências concretas, incidindo mormente nos últimos tempos da Monarquia e nos primeiros da República - com passagem pelo Estado Novo e pela actual Democracia. O que mudou - ou não mudou”.
O arquitecto falará também do caso particular da Póvoa de Varzim, e o quase ostracismo a que, por vezes, quase parece ter sido votada.
Do site da CMPV

domingo, 4 de julho de 2010

32º Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim

Com a conferência “As Músicas da República” a proferir por Rui Vieira Nery, inaugura-se já na próxima Sexta-feira, 9 de Julho, às 21h45 (Auditório Municipal), a 32ª edição do FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA DA PÓVOA DE VARZIM. O ilustre musicólogo abordará a transição para o Modernismo musical, da década final do século XIX à primeira do XX, da vida musical na I República, propriamente dita, e da transição para a estética do Estado Novo, no início dos anos 30.
O Festival encerrará a 31 de Julho, após 15 recitais e concertos de música a solo, de câmara e sinfónica, da Idade Média ao século XXI.
Dentre as diversas manifestações paralelas, de salientar as master classes de Cristina Ortiz (piano), Fine Arts Quartet (música de câmara), Miguel Rocha (violoncelo), António Salgado (canto) e Marcel Ponseele (oboé barroco e moderno).
Mais informações, incluindo reserva de bilhetes e boletins de inscrição nas master classes, no portal:
www.cm-pvarzim.pt/go/festivalinternacionalmusica

sexta-feira, 2 de julho de 2010

"Figuras da Cor" de Marcel Saint-Pierre, na Biblioteca Municipal

A exposição está patente até 9 de Julho
As pinturas de Saint-Pierre são tanto abstractas como figurativas, reconciliando o fazer e o saber, o acaso e o cálculo. Poderia chamar-se à sua pintura de pintura analítica, pois ela é a prova de um trabalho de análise sobre ela própria, sobre as suas condições materiais. Pois a pintura é sobretudo matéria, mas uma matéria que possui um sentido materialista (não essencialista ou idealista).
A exposição “Figuras da Cor”, partindo da mesma estratégia, reflecte esta nova fase técnica e empreendimento teórico. Os quadros expostos são o traço ou rasto desta matéria pictórica, o pigmento em si próprio. As obras são tecnicamente formadas a partir de uma impressão retrabalhada sobre uma folha de plástico e transferida no final para uma tela, impressão extremamente fina como a nossa própria pele. De facto, estamos no domínio de uma abstracção, mas esta impressão esconde secretamente, e por um outro lado afirma em transparência, as preocupações relativas às questões de ordem social ou evocativas de várias temáticas: música, cinema, etc. Por exemplo, “El Deserto Rosso”, apresentada em 2009 na exposição “Histórias do Cinema”, refere-se ao filme de M. Antonioni. As telas mais recentes adoptam a forma oval de um escudo de defesa relativa aos raios infravermelhos ou ultravioletas. As pinturas de Saint-Pierre contêm sugestões figurativas que não podem existir fora da contaminação das matérias pictóricas. É da articulação de todos estes elementos (matéria e sentido cultural) que surge algo que eu designaria como sendo o sistema significante de Marcel Saint-Pierre”.   
Marcel Saint-Pierre é natural do Canadá e nasceu em 1944. Formou-se em Pintura na Escola de Belas Artes de Montréal. As suas telas foram exibidas em várias exposições colectivas e individuais no Québec, Toronto, Paris, Nimes e Nova Iorque. Fundador da revista literária «La Barre du Jour», tem ainda vários poemas seus publicados. Paralelamente, foi professor de Artes Visuais e de Historia da Arte na Universidade do Québec em Montréal.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Rotary e a Aproximação de Culturas III

Intercâmbios de Jovens - Fazer amigos noutros países
Descubra um Mundo Diferente
Como participante do Intercâmbio de Jovens do Rotary, poderá passar um ano a morar com famílias anfitriãs e a frequentar a escola num país estrangeiro.
Através de programas de intercâmbio de curta ou longa duração, aprenderá um novo modo de vida, talvez até uma nova língua e descobrirá muito sobre si mesmo. Actuará também como um jovem embaixador, ensinando às pessoas como se vive no seu país, as suas tradições culturais e as suas ideias, contribuindo para um mundo mais unido e, além disso, fazendo amigos.
Mais de 8.000 jovens, todos os anos, passam por esta experiência única.
Intercâmbios de longa duração
O programa está aberto a estudantes de 15 a 19 anos de idade, que estejam acima da média nos seus estudos, sejam actuantes na comunidade e possuam certas qualidades, como facilidade de adaptação e disposição para enfrentar novos desafios. Todos os candidatos precisam ser patrocinados por um Rotary Club local, preencher o formulário de inscrição e ser entrevistados pessoalmente.
Servir como embaixador de seu próprio país
Nos intercâmbios de longa-duração os estudantes moram cerca de um ano noutro país e frequentam uma escola local.
Viver novas experiências e observar diferentes culturas
No decorrer da experiência, de forma a ampliar a compreensão da nova cultura, moram com duas ou três famílias diferentes, seleccionadas criteriosamente pelo Rotary Club anfitrião.
Intercâmbios de curta duração
Os intercâmbios de curta duração variam de alguns dias a diversas semanas.
Embora os participantes em geral não frequentem instituições escolares no país anfitrião, é possível que você possa adaptar o seu intercâmbio a interesses próprios ou incluir excursões a locais específicos.
Os quatro tipos mais comuns de intercâmbio de curta duração são estadias com famílias, excursões, visitas entre famílias e colónias internacionais de jovens.