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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Afonso Pinhão Ferreira - Protocolo

Palavras proferidas na Visita Oficial do Governador do Distrito Rotário 1970, CompanheiroAntónio Goes Madeira, pelo Companheiro Protocolo, Afonso Pinhão Ferreira
Acontece hoje a vista anual do Governador ao Rotary Clube da Povoa de Varzim. Podemos encará-la de duas formas distintas:- como uma visita que se conforma à praxis habitual da vivência de um clube rotário;- ou como uma altura ótima para refletirmos sobre os valores que norteiam o movimento rotário e interrogarmo-nos porque somos rotários.A minha resposta encontra eco no facto de continuar a aceitar que pertenço a um movimentode homens livres e de carácter humanógeno, isto é, que pretende contribuir para que cada membro da sociedade viva livre e dignamente.
Já ouvi por diversas vezes afirmar que em Rotary se deve evitar falar de política com opropósito de não se antagonizarem posições. Penso, no entanto, que nada será mais errado, já que, em princípio, cada um dos rotários, deverá assumir aquilo que é, sem medo da intolerância dos outros, condição mínima para se pertencer a este movimento.
Ninguém é imparcial. A imparcialidade é neutralidade são impossíveis. Cada rotário deve tecer juízos e não gaguejar no seu dizer.
O mundo atual está a abarrotar de crises e um movimento como o é Rotary Internacional deve assumir posição no sentido de preservar a dignidade humana na solução da crise, quanto mais não seja contribuindo para a educação da sociedade.
Numa revista interessante e internacional “Ressurgence”, um conhecido economista num artigo intitulado “Money and Morality” reafirma que o dinheiro foi uma invenção conveniente enquanto meio de troca e de medida da riqueza; a verdadeira riqueza é a terra, as florestas, os rios, os animais e as pessoas. Assim sendo, honremos os verdadeiros criadores de riqueza: trabalhadores, arquitetos, artistas, professores, médicos, etc. a economia fica segura nas suas mãos. Respeitemos a terra generosa e a natureza selvagem, enquanto eternas fábricas de bem-estar e então a economia tratará dela própria.
Por outro lado, Ed Mayo, autoridade na New Economics Foundation recomenda o modelo cooperativo para resolver a crise europeia, afirmando-a como sendo bom para a economia (dada a solidariedade dos conseguidos perante os não conseguidos) e para a alma.
Que esta visita do Governador Goes Madeira seja profícua em reflexões que valorizem em primeiro lugar as pessoas.
Obrigado.
Afonso Pinhão Ferreira

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