"Literatura oral" para alunos lusófonos
O Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), com sede na cidade da Praia, em Cabo Verde, acaba de editar a colectânea “Literatura Oral”. Coordenada pela sua directora-geral cessante, a linguista angolana Amélia Mingas, “Literatura Oral” tem uma substância pedagógica de suma importância.
O conjunto articula cinco publicações, totalizando meio milhar de páginas, que realçam os provérbios de todo o espaço lusófono, por um lado, e adivinhas, por outro.
São “livrinhos” sobre os contos de Angola, do Brasil e de Portugal, projecto que vai ser contínuo e que cobrirá, naturalmente, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-leste.
O conjunto de cinco volumes teve a colaboração de uma meia centena de especialistas, entre linguistas, antropólogos e historiadores que pertencem a instituições como a Universidade Agostinho Neto, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Instituto Nacional da Cultura de Cabo Verde, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas da Guiné-Bissau, a Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique e do Fundo das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A escolha do património põe em evidência, as tradições orais, aqui em três modalidades de expressão, nomeadamente “provérbio”, “adivinha” e “conto”. Esta opção foi absolutamente pertinente porque esta herança constitui um dos primeiros legados das civilizações. Com efeito, todas as culturas do mundo se desenvolveram tendo por base codificações orais.
A descida às origens desemboca, inevitavelmente, no verbo inicial tradicional tendo, portanto, posto em evidência este domínio cultural, presente em África, na América do sul, na Europa e na Ásia.
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