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domingo, 10 de janeiro de 2010

A propósito da Aproximação de Culturas

 memory of the future Um projecto da associação «Mémoire de l’Avenir»
Recurso artístico e cultural de um mundo sem fronteiras
França / Alemanha / Israel - Palestina/ EUA

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OS SÍMBOLOS COMO LINGUAGEM UNIVERSAL

Os símbolos são imagens vivas, enraizadas num longo processo histórico.
Os símbolos, a vida imaginária e o inconsciente estão ligados, ao mesmo tempo consciência da matéria e do desconhecido, do limite e do infinito.
O símbolo é a fonte e a origem das criações artísticas e a chave para as compreender.
A expressão simbólica pode assumir muitas formas, ela varia segundo:
- os lugares e as épocas,
- a cultura,
- a escolha do artista, segundo a sua intuição e os seus pensamentos.
Encontramos os mesmos símbolos utilizados ao longo da história das culturas, apenas a expressão é diferente, raramente o significado e as interpretações.
Na nossa linguagem, nos nossos gestos e nos nossos sonhos, utilizamos os símbolos intuitivamente.
Os símbolos existem dentro de nós e exprimem-se em todas as áreas da vida.

No nosso trabalho, o uso de símbolos é essencialmente intuitivo e humano. A imagem desenhada, gráfica ou gravada é uma das primeiras tentativas de comunicação: documental ou estética.
A linguagem dos símbolos nem sempre é homogénea, mas podemos sempre fazer aproximações e encontrar semelhanças.
Apesar de uma interpretação individual e singular que torna o símbolo único e colectivo.
O símbolo é uma fonte de informação útil para a compreensão de uma cultura ou indivíduo.

Através da prática artística em volta dos símbolos, podemos ilustrar um esquema geral de comunicação que transcende todas as diferenças.
Isto permite-nos compreender que todos somos diferentes, porque somos indivíduos únicos com capacidades para produzir novas mensagens e nós somos todos semelhantes como seres humanos.
Nos museus estamos expostos a uma multiplicidade de expressões artísticas, de origens e de épocas diferentes, de indivíduos diferentes, e de tradições "opostas" (cultura cristã, muçulmana, budista ou judeu...).

Através da arte manifesta-se uma universalidade do espírito humano, incluindo a diversidade e a especificidade de cada um. Esta capacidade de comunicação criativa cria uma correspondência entre todas as culturas e todos os indivíduos.
O símbolo não está apenas na imagem figurativa, mas também na imagem abstracta; nas formas, nas cores e nos materiais escolhidos: terra, madeira, pedra, plástico, metal, etc... como no meio expressão escolhido.
Símbolos têm origens múltiplas.
O observador vai seguir a sua própria intuição:
A percepção do símbolo requer uma participação subjectiva e uma experiência sensível. Os símbolos são sugestivos e cada um de nós vê o que as suas capacidades lhe permitem compreender.
Os símbolos são universais, porque são virtualmente acessíveis a todos, sem passar pelas palavras ou pela leitura (as letras e os números são símbolos só por si). Com os símbolos, é mais fácil apropriar-se o conhecimento das diferentes épocas, e tornámo-nos independentes face a uma mensagem imaginária.
O uso de símbolos permite a espontaneidade ao nível da comunicação, o desenvolvimento da imaginação criativa e do sentido do invisível.
Traduzido daqui
Imagem daqui

1 comentário:

Marise von disse...

Miguel,

Muito interessante...
O primeiro contato das crianças é realizado através de símbolos.
Por outro lado, também para pessoas que não lêem ou que dominam pouco a leitura, tem sido necessário proporcionar meios para transmitir informações através de formas gráficas de mais fácil compreensão.
Abraços,
Marise.