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sábado, 31 de julho de 2010

A palavra ao Governador do Distrito 1970

"A luta contra a poliomielite tem que ter o seu fim"

Com um novo ano rotário a ter início surge um novo Governador para o Distrito 1970. Armindo Carolino é reconhecido pela frontalidade e empenho, características que pretende que o acompanhem durante o próximo ano, no seu trabalho no Distrito 1970. Pede dedicação a todos os rotários, lembrando as principais dificuldades e as maiores qualidades de um Distrito que muito contribui para o sucesso de Rotary.

O que podem os rotários do distrito esperar do novo Governador neste novo ano?
Todos os rotários do Distrito 1970 podem esperar do Governador muito trabalho, muita dedicação e muita exigência. Eu começo por ser muito exigente comigo próprio para poder ser exigente com os outros. Vou pedir a todas as companheiras e a todos os companheiros que entendam que nós representamos Rotary Internacional, que não se compadece com outra situação que não seja de excelência. Eu sei que é muito difícil atingir a excelência, mas todos os grandes edifícios começaram a ser construídos a partir dos alicerces e por isso eu estou disponível para fazer o trabalho do operário nos alicerces, nas paredes ou já na cúpula, dependendo de como estiver cada Clube.
Assumi este compromisso e é para o levar até às últimas consequências.

O que destaca do plano de actividades para este ano? Qual é a sua prioridade.
Como não podia deixar de ser, tenho que destacar as ênfases que o meu presidente Ray Klinginsmith me disse que destacasse. A Pólio lidera, a luta contra a poliomielite tem que ter o seu fim. Este é um dado adquirido em Rotary Internacional e o Distrito 1970 não pode ser diferente. Sem descurar o resto, porque a Pólio não pode servir de panaceia para dizer que não temos tempo para fazer outras coisas. O projecto dos cônjuges aponta exclusiva e decididamente para apoio e angariação de meios para apoio à luta contra a Pólio, mas temos outras actividades: a divulgação dos Paul Harris, as subscrições de mérito, as doações, de modo a que o Fundo Anual de Programas seja um dos contemplados. Não é só a Pólio que nos pode dar a garantia que daqui a uns anos vamos ter dinheiro. O Fundo Anual de Programas é muito importante e faço já aqui um apelo: quem eventualmente estiver disponível para motivar pessoas a subscreverem títulos de reconhecimento Paul Harris, que encaminhem as suas doações em impresso para este Fundo, para que tenhamos o retorno de 50 por cento daqui a três anos.

Quais são as suas principais linhas orientadoras, o lema principal?
A primeira parte do lema deste ano "Fortalecer Comunidades, Unir Continentes" é aquela que mais me motiva. Porque já vai o tempo em que os rotários eram considerados um conjunto de elites que se reuniam muito bem vestidos em jantares especiais. Hoje somos a maior organização mundial de voluntariado e somos o que somos porque estamos inseridos na nossa comunidade. Não posso conceber que um Clube rotário nem conheça a fundo a sua comunidade. A primeira coisa que temos que conhecer muito bem é o nosso Clube, todas as suas características, aquilo que o define, tem que ser do conhecimento profundo de cada rotário desse Clube. Depois, e no mesmo nível, cada rotário tem que conhecer exactamente e com a mesma dimensão e profundidade a comunidade em que se insere. Não há hipótese de alargamento de quadro social se eu não conhecer o meu Clube, se não souber as profissões que estão no meu Clube e as profissões que caracterizam a minha comunidade. Só assim se podem encontrar novos profissionais para motivar para Rotary e consequentemente fortalecer a comunidade em que estão.
É preciso também não descurar alguns conhecimentos de Rotary Internacional porque os rotários têm diferenças em relação às outras associações. Temos uma obrigação, que é a reunião semanal de companheirismo. Em Rotary Internacional há uma abertura experimental de reunião quinzenal, mas em Portugal só há um ou dois casos. A reunião semanal tem que ser séria, com objectivos, perspectivando trabalho e construindo Rotary, porque é aqui que ele se constrói. Hoje quase ninguém tem tempo para perder e nós perdemos muitos dos sócios porque vão a algumas reuniões e pensam que estão a perder tempo. Nas reuniões o Conselho Director também deve ter a preocupação de incluir todos os sócios do Clube em tarefas. A frequência pode não ser de 100 por cento, mas deve ser de 100 por cento no projecto.

Qual acredita ser a principal dificuldade do Distrito neste momento?
Neste momento creio que estamos a atravessar uma fase de alguma desmotivação, porque ouço pelos clubes determinadas situações sobre algumas falhas nas reuniões. Mas, curiosamente, quando há tarefas, os clubes brilham e todos participam na realização de projectos bonitos.

E qual a principal característica que pode fortalecer?
O que me parece que existe mais no Distrito é a facilidade de resposta. Gritamos e aparece logo gente. Podem-me dizer que são sempre os mesmos, mas aparecem. Por exemplo, o facto de sermos um Distrito piloto no Plano Visão de Futuro da Rotary Foundation, exigiu um trabalho espectacularmente difícil de adaptação. Há um ano que a equipa da Comissão Distrital da Rotary Foundation está a fazer reuniões mensais e já com frutos, o Distrito foi qualificado, assim como mais de 30 clubes, que já podem recorrer aos subsídios. Neste início de ano rotário esta equipa já tem 14 acções de formação regionais no terreno.
Levantamos o dedo e houve logo quem aparecesse para realizar um Seminário Distrital de Desenvolvimento do Quadro Social, conjuntamente com a Comissão Distrital dos Serviços Profissionais, dia 23 de Outubro, em Santo Tirso, e já está toda a gente a trabalhar no terreno. Lancei os encontros periódicos para fortalecimento dos clubes, que são jornadas de trabalho com os Governadores Assistentes. Fiz a primeira no dia 20 de Março na Feira, o segundo no dia 10 de Julho em Oliveira do Bairro (Sangalhos) e tenho já o terceiro encontro marcado para o dia 8 de Janeiro. Estamos sempre a dizer que as coisas estão mal mas depois fazem-se coisas bonitas.
Gostaria que as pessoas não olhassem para a minha Governadoria como a de um só homem. Entendo que, sendo o Governador o último responsável por tudo o que correr menos bem e que também levará os louros por tudo o que corra muito bem, tenho que partilhar isto tudo com, sobretudo, os meus presidentes das comissões distritais, os meus 24 Governadores Assistentes e com os 86 presidentes dos Clubes.

Armindo Carolino, Governador 2010/11, do Distrito 1970
Texto daqui

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