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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Uma verdade básica, uma solução óbvia…

“É barato cuidar dos pobres. Difícil é cuidar dos ricos”, diz Lula
O senhor disse que pretende levar a sua experiência em políticas sociais para a África e a América Latina...
O Brasil tem acúmulo de experiências de políticas públicas bem-sucedidas e pode contribuir com a África e a América Latina. Estas políticas precisariam de ser adaptadas conforme cada realidade, respeitando a cultura local. Nunca gostei de receber receitas prontas.
O primeiro grande acerto das nossas políticas sociais está num cadastro de pessoas bem feito. Desta forma, não se joga dinheiro fora. O sucesso do Bolsa Família está no facto de o Governo Federal não saber quem são os beneficiados. As Câmaras fazem o cadastro e não nos importamos qual é o partido político do Presidente ou o perfil do Beneficiado. Por fim, a Caixa Económica Federal paga o benefício através de um cartão magnético.
Em segundo lugar, provamos ser barato cuidar dos pobres. Difícil é cuidar dos ricos. O Banco Nacional do Nordeste (BNB) emprestou R$ 1,3 bilhão para um milhão de pequenos produtores. Ou seja, R$ 1 bilhão gerou um milhão de postos de trabalho. Se fosse para uma grande empresa, geraria só 300 ou 400. Em 2002, o BNB emprestou R$ 262 milhões, com 37% de inadimplência. No ano passado, foram R$ 22 bilhões, com 3% de calote. Por quê? Porque pobre quer pagar. O facto é que dá status às empresas dever R$ 10 bilhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social. Mas pobre não gosta de dever. Até porque isso ameaça o seu próprio nome, o único património que tem. O retorno das políticas sociais é extraordinário, como mostram as acções dos Territórios da Cidadania. O Bolsa Família custa R$ 12 bilhões por ano, só 1% do Orçamento. O Luz para Todos custou outros R$ 14 bilhões. Não é gasto, é investimento.
Entrevist e foto aqui

1 comentário:

Cristina Ribas disse...

Pois é...
Beijinhos