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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Preocupações dos Bispos lusófonos


Novas formas de corrupção, comércio e tráfico de droga e pessoas
Reunidos em S. Tomé e Príncipe, desde o dia 2 deste mês, os representantes das Conferências Episcopais das Igrejas Lusófonas, debruçaram-se sobre o tema da “pobreza e exclusão social nos países que representam”.
Os Bispos dos países lusófonos estão preocupados com a “apropriação indevida de bens”; com “as novas e sofisticadas formas de corrupção” e com a “comercialização da droga, o tráfico de pessoas, o desrespeito pela Vida”.
Os presentes denunciam “a apropriação indevida dos bens, que deviam ser de todos, e estão a ser cada vez mais usurpados por oligarquias de poder político e económico que, sem qualquer escrúpulo, enriquecem à custa dos pobres” – lê-se num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Também a corrupção mereceu uma reflexão social e ética por parte de todos os líderes religiosos reunidos neste IX Encontro, que foram dando conta “de novas e sofisticadas formas de corrupção que, para além de uma condenação ética, contaram também com um grito de lamento pelas gravíssimas consequências que tal prática acarreta na desorganização, muitas vezes, ao nível das próprias administrações públicas das quais seria legítimo esperar a defesa dos cidadãos” – sublinha o documento. E acrescenta: “Igual condenação social mereceram a comercialização da droga, o tráfico de pessoas, o desrespeito pela Vida”.
Como geradoras de pobreza e exclusão social foram também apontadas “as debilidades cada vez maiores das instituições da chamada sociedade civil, por falta de preparação técnica e consciencialização cívica na defesa dos seus legítimos direitos”.
Como propostas de actuação, os representantes das Conferências Episcopais das Igrejas Lusófonas declaram “ser prioritário, sem abandonar o que se tem vindo a fazer, investir mais na «alteração das estruturas» (através da preparação técnica e ética de novos quadros) do que a «gestão das conjunturas» (ao nível do simples assistencialismo)”.
Um “ensino que ajude a transformar mentalidades” e “a adquirir capacitações para que pessoas e comunidades deixem de ser simples «destinatários» de políticas sociais e subsidiações estatais” foi outra proposta lançada.

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