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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um retrato bifocado da Conferência de Rotary

(Ainda) O Rotary em Montreal
Com a finalidade de participar na Convenção Internacional 2010 do Rotary International, realizada em Junho, tive a oportunidade de viajar para o Canadá, passando pelas cidades de Toronto, Otawa e Quebec, antes de chegar a Montreal, cidade sede do evento, que contou com a participação de 18 mil pessoas procedentes de 154 países. Além da alegre convivência, o evento permitiu uma aproximação com o modo de vida naquele país de dimensões continentais e temperaturas baixíssimas durante o inverno.
Educação e trabalho são levados a sério.
O país é muito rico em água e no controle da poluição. Lá, as engarrafadoras de água não têm um mercado lucrativo porque a água que jorra das torneiras é de alta qualidade.
Os efeitos da boa educação são facilmente observáveis na qualidade dos produtos, na grandeza dos edifícios, nas praças caprichosamente cuidadas e na qualidade de vida.
A maioria da população não trabalha mais do que 8 horas diárias.
O transporte e a limpeza pública são admiráveis.
A alimentação também é destaque: comidas leves, de óptima qualidade, nutritivas e variadas são facilmente encontradas a preços não superiores aos praticados no Brasil.
Devido ao frio em Montreal e Toronto, existem espaços subterrâneos onde funcionam lojas, serviços e lazer. O solo rochoso e a tecnologia permitem a construção dessas galerias subterrâneas integradas com o metro e os edifícios, possibilitando a circulação por baixo de muitas ruas. Ressalte-se que lá em baixo, em muitos casos, o ar é melhor do que em ruas a céu aberto de qualquer cidade.
As sessões plenárias da conferência foram realizadas no Center Bell, um magnífico espaço coberto para abrigar mais de 30 mil pessoas. Os conferencistas traçaram uma visão bem actualizada dos muitos problemas que afligem a humanidade, como: escassez de recursos naturais, poluição, educação, saúde e paz mundial, mostrando o esforço dos Rotary Clubs para contribuírem na busca de soluções e melhoria das condições de vida, destacando a importância da alimentação correcta, alfabetização e cultivo do hábito da leitura para que as novas gerações fortaleçam a mente e se mantenham saudáveis para superar as dificuldades do dia-a-dia.
A Rainha Noor da Jordânia discursou aos participantes da terceira sessão plenária da Convenção do Rotary Internacional (RI) de 2010, destacando a importância de a Rotary Foundation procurar desenvolver projectos que ensinem as comunidades a autosustentarem-se e buscarem colaboração com organizações afins. Declarou que a proliferação dos armamentos e os desafios dos conflitos globais dificultam o alcance da estabilidade, no entanto, o Rotary consegue mover o mundo em direcção ao progresso e à paz através de sua rede internacional de clubes dedicados e das alianças estratégicas com outras organizações, afirmando: "Pela primeira vez na história da humanidade, o nosso mundo está cada vez mais conectado e temos a capacidade de realmente unir pessoas e culturas para obter prosperidade, sustentabilidade e paz".
Na sessão final, Ray Klinginsmith, o presidente eleito do Rotary International, cujo lema é "Fortalecer comunidades - Unir continentes", falou sobre o que planeia para o seu mandato, pedindo a todos os rotários que apliquem o que nos EUA é chamado de "lógica do cowboy", para que, usando de simplicidade, se dediquem a tornar seus clubes "maiores, melhores e mais fortes". Esclarecendo o que é a "lógica do cowboy": ter orgulho do que faz, falar menos e dizer mais, fazer o que deve ser feito e lembrar que algumas coisas, simplesmente, não estão à venda. Em seguida, disse que acredita que esta é a única maneira de o Rotary permanecer actuante e dinâmico no próximo século, pois os clubes são o alicerce da nossa organização. "Assim, tenho consciência de que meu trabalho é auxiliar os distritos a ajudarem os clubes. E estou certo de que seremos bem-sucedidos", finalizou ele.
Texto daqui Publicado em 07/07/2010 pela wiki repórter Silvia, São Paulo-Brasil
Foto daqui - Desenho daqui
Nota do Editor – A “lógica do cowboy” é do tempo dos filmes do mesmo nome e a lógica dos filmes de hoje é outra, bem oposta…

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