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domingo, 11 de julho de 2010

A Fome é causada pela má distribuição e não pela falta de alimentos

O problema não é a quantidade
Se em 2008 o número de vítimas da fome no mundo tinha sido reduzido para menos de mil milhões, já em Junho de 2009 essa marca foi ultrapassada. Este ano, o número de famintos aumentou em 150 milhões. Muitas das soluções encontradas em certos países em desenvolvimento não dão mais conta do crescimento populacional.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) já tinha reconhecido há 20 anos que “o problema não é tanto a falta de alimentos, mas a falta de vontade política”.
Há suficiente alimento no mundo para o sustento diário de todos os habitantes do planeta, afirma Benedikt Haerlin, da fundação Zukunftsstiftung Landwirtschaft, que apoia projectos ecológicos e sociais no sector agrícola.
“Hoje produzimos alimentos demais. Muito mais do que seria necessário para alimentar a população actual e nem estamos, ainda, perto de esgotar o potencial da alimentação directa. E, para pequenos produtores rurais, dobrar a produção custa pouco”, argumenta Haerlin, que participou da elaboração do Relatório Internacional sobre Ciência e Tecnologia Agrícolas para o Desenvolvimento (IAASTD, na sigla em inglês) de 2008.
 “Se temos mil milhões de pessoas que passam fome por não ter dinheiro para comprar comida e outros mil milhões de clinicamente obesos, alguma coisa está obviamente errada”, alerta Janice Jiggings, do Instituto Internacional para Meio Ambiente e Desenvolvimento em Londres.
Hoje já existe mais comida que o necessário, garante o Director-Executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, “E sem cultivar um quilómetro quadrado que seja a mais, seria possível alimentar toda a população do planeta”.
“Ao mesmo tempo em que temos uma crise de alimentos, jogamos fora 30% a 40% dos alimentos produzidos. Ao contrário de nos perguntarmos onde podemos encontrar mais terra para cultivar, ou se será preciso plantar na Lua, deveríamos olhar para o nosso quintal. Temos que encontrar estímulos financeiros para evitar que se jogue comida fora”, conclui.
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Foto daqui

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