Uma das características de qualquer ciência é o uso do método científico e a habilidade de estabelecer hipóteses e fazer predições que possam ser testadas com dados empíricos, onde os resultados são passíveis de repetição e demonstráveis para outros, quando as mesmas condições estão presentes. Num certo número de áreas aplicadas, em economia têm sido conduzidas experiências: o que inclui os sub-campos da economia experimental e comportamento do consumidor, focados na experimentação, usando sujeitos humanos; e o sub-campo da econometria, focada em testar hipóteses, quando os dados estatísticos não são gerados em experiências controladas. No entanto, de forma parecida com o que se dá noutras ciências sociais, pode ser difícil para os economistas conduzirem certas experiências formais, devido a questões práticas e morais, envolvendo sujeitos humanos.
O status das ciências sociais, como ciências empíricas, ou mesmo ciência, tem sido objecto de discussão desde o século XX. Alguns filósofos e cientistas, notavelmente Karl Popper, têm afirmado que nenhuma hipótese, proposição ou teoria empírica, pode ser considerada científica, se nenhuma observação puder ser feita que possa contradizê-la, insistindo numa falseabilidade estrita. Os críticos alegam que a economia não pode sempre atingir a falseabilidade popperiana, mas há economistas que apontam os muitos exemplos de experiências controladas, que fazem exactamente isso, apesar de conduzidos em laboratório.
Enquanto a economia tem produzido teorias que se correlacionam com a observação do comportamento na sociedade, a economia não gera leis naturais ou constantes universais, devido à sua dependência de argumentos não-físicos. Isso tem levado alguns críticos a argumentar que a economia não é uma ciência. Em geral, os economistas respondem que, enquanto esse aspecto apresenta sérias dificuldades, eles de facto testam as suas hipóteses, usando métodos estatísticos, como a econometria e dados gerados no mundo real. O campo da economia experimental tem feito esforços para testar pelo menos algumas das predições de teorias económicas em ambientes simulados em laboratório – um esforço que rendeu a Vernon Smith e Daniel Kahneman o Prémio Nobel em Economia em 2002.
Apesar de a maneira convencional de conectar um modelo económico com o mundo seja através da análise econométrica, a professora e economista Deirdre McCloskey, através da crítica McCloskey, cita muitos exemplos em que professores de econometria usaram os mesmos dados para tanto provar e negar a aplicabilidade das conclusões de um modelo. Ela argumenta que muito dos esforços dispendidos por economistas em equações analíticas é essencialmente um esforço desperdiçado (posição seguida por economistas brasileiros como Pérsio Arida). Os econometristas têm respondido que essa é uma objecção para qualquer ciência, não apenas para a economia. Críticos da crítica de McCloskey replicam dizendo que, entre outras coisas, ela ignora exemplos em que a análise económica é conclusiva e que as suas afirmações são ilógicas. No entanto, os cientistas físicos geralmente são capazes de demonstrar que a complexidade das equações envolvidas no seu trabalho espelha a complexidade dos fenómenos em estudo. As complexas equações em economia parecem funcionar mais como um disfarce para a falta de evidência empírica e para o fracasso em considerar apropriadamente os factores psicológicos que interferem nos fenómenos estudados.
O filósofo e ganhador do Prémio Nobel Friedrich Hayek achava que a economia era uma ciência social, mas argumentava que, a propensão para imitar os métodos e procedimentos das ciências físicas na economia, leva ao erro e seria decididamente não-científica, uma vez que envolve uma aplicação mecânica e não-crítica dos hábitos de pensamento às áreas distintas daquelas em que foram formados.
A economia já foi chamada humorosamente de a "ciência sombria". Apesar de a verdadeira origem dessa designação do século XIX seja controversa, ela conseguiu firmar-se como um nome depreciativo para a economia.
Origem: Wikipédia
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