40 Milionários dos EUA anunciaram nesta quarta-feira aceitar doar metade de sua fortuna a obras de caridade, em resposta a uma iniciativa de Bill Gates e Warren Buffett.
"Apenas começamos e já recebemos uma resposta fantástica", disse Warren Buffett, o segundo homem mais rico dos Estados Unidos, com fortuna estimada em 47 mil milhões de dólares, atrás de Gates, com 53 mil milhões de dólares.
Gates e Buffet lançaram há um mês e meio a ideia, surgida durante um jantar para milionários, em Nova York, em Maio de 2009.
David Rockefeller, Ted Turner, o Presidente da Câmara de Nova York e homem mais rico da cidade, Michael Bloomberg, estão entre os que se somaram à iniciativa.
A lista inclui, ainda, o cineasta George Lucas, o fundador da Microsoft, Paul Allen, e o da Oracle Larry Ellison, criticados pela sua "mão fechada".
Numa carta publicada no site da iniciativa, baptizada de "Promessa de Dar", Ellison disse:"Até agora, fazia caridade discretamente porque sempre pensei que era uma questão privada e pessoal", e disse ter mudado de política em resposta a um pedido de Buffett para "dar o exemplo" e estimular outros milionários a fazer o mesmo.
"Chamamos à volta de 70 a 80 pessoas da lista Forbes", relatou Buffet à imprensa em conferência por telefone. "Foram anotados em torno de 40 nomes, é um começo fantástico", completou.
Aparentemente, a ideia era obter promessas, não do ponto de vista legal, mas moral, por parte dos mais ricos. Não houve decisões sobre como ou quando o dinheiro será gasto. Em troca, cada membro do clube dará o exemplo, financiando projectos de saúde, educação e arte, o quanto antes possível.
"As pessoas não podem esperar morrer para doar sua fortuna", disse Bloomberg, um empresário da imprensa e importante filantropo, cuja fortuna a Forbes estima em torno de 18 mil milhões de dólares. "Para mim nunca houve muito sentido em ajudar o mundo a melhorar e não estar presente para ver a mudança".
Quase todos os que integram a lista ficaram ricos vindo "de baixo", como Bloomberg. Apenas uns poucos provêm de fortunas estabelecidas por gerações anteriores, como David Rockefeller.
Mas não se trata de fazer votos de pobreza. Bloomberg disse que seus filhos nunca ficarão desamparados. Mas ainda assim, continuam tendo muito mais do que precisam. "Chega-se a uma determinada quantia que já não se consegue gastar".
Os bilionários começaram a ser mal vistos desde a crise financeira de 2008, e a iniciativa provavelmente é também uma operação de relações públicas para melhorar a sua imagem.
"Os empresários criam desconfiança e as pessoas pensam que apenas se interessam por si mesmos", admitiu Tom Steyer, que fez fortuna no sector de banco de investimento e se somou ao clube dos generosos.
Texto e imagem daqui
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