Quinta-feira, 17 de Junho de 2010
China avisa que não discute reforma cambial no G20
A China respondeu, quinta-feira, à pressão que tem recebido, principalmente dos Estados Unidos, para que diminua o controlo sobre a taxa cambial da moeda nacional.
O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que esta questão não será debatida no próximo encontro do G20, no Canadá.
O chanceler chinês disse, em entrevista colectiva, que o tema principal do encontro dos líderes deve ser o aumento da cooperação entre as nações, e não a política cambial de apenas um país.
A discussão começou depois que o secretario do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, declarou que a queda da moeda chinesa nos últimos dois meses impedia o reequilíbrio global.
Em resposta, o governo chinês disse que o país continua a exercer princípios de independência. Uma suposta reforma financeira depende da conjuntura global e do cenário económico chinês.
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Sexta-feira, 18 de Junho de 2010
Obama pede ao G20 que dê continuidade ao estímulo
Nesta sexta-feira o presidente americano, Barack Obama, enviou uma carta aos líderes do G20. Ele alertou sobre os riscos da retirada precoce das medidas de estímulo à economia.
Obama desembarcou nesta sexta-feira em Columbus, no estado de Ohio. Ele foi supervisionar obras da construção de estradas que fazem parte do pacote de estímulo para a economia lançado em 2009. Para o presidente americano, ainda é cedo para interromper esse tipo de medida.
Na carta enviada aos líderes dos países em desenvolvimento, Obama disse que os governos precisam aprender com os erros do passado, quando os estímulos foram retirados muito rapidamente, o que resultou em novas dificuldades e mais recessão.
No texto, o líder americano também fala da China e defende taxas de câmbio mais flexíveis. A mensagem foi enviada às vésperas do encontro do G20, que acontece na semana que vem em Toronto.
No Canadá, Obama também deve pressionar os países a se comprometer com ajustes fiscais, para estabilizar a relação entre dívida e PIB.
Texto daqui
Obama alerta G20 para riscos de retirada de medidas de estímulo
Numa carta aos líderes do G20 (grupo que reúne países ricos e em desenvolvimento), o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na sexta-feira que os governos não devem retirar os seus programas de estímulo à economia muito rapidamente.
"Nós devemos ser flexíveis ao ajustar o ritmo da consolidação e aprender com os erros do passado, quando estímulos foram retirados muito rapidamente, o que resultou em renovadas dificuldades económicas e recessão", escreveu Obama.
A mensagem foi enviada na véspera da reunião dos líderes do G20, marcada para a próxima semana em Toronto, no Canadá, e é interpretada por analistas como um recado especialmente para as economias europeias, que vêm enfrentando crescente preocupação com a dívida pública.
"Nós precisamos comprometer-nos com ajustes fiscais que estabilizem a relação entre a dívida e o PIB (Produto Interno Bruto) em níveis apropriados ao médio prazo", disse Obama.
"Estou comprometido com o restabelecimento da sustentabilidade fiscal nos Estados Unidos e acredito que todos os países do G20 devem implementar planos confiáveis e favoráveis ao crescimento para restaurar a sustentabilidade das suas finanças públicas", afirmou o presidente.
"Mas é crucial que o momento e o ritmo da consolidação de cada economia se ajustem às necessidades da economia global, á procura do sector privado e às circunstâncias nacionais", acrescentou.
"A nossa principal prioridade em Toronto deve ser resguardar e fortalecer a recuperação", completou Obama.
A carta de Obama foi divulgada no mesmo dia da visita do Director-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, à Espanha, um dos países da zona do euro a lançar recentemente planos de austeridade para enfrentar problemas de deficit orçamental.
Strauss-Kahn disse que a Espanha está no caminho certo para garantir a recuperação económica. O plano lançado em Maio pelo governo espanhol prevê reduzir o deficit dos actuais 11% do PIB para 6% em 2011.
O próprio governo americano também enfrenta o problema do deficit, que no ano fiscal de 2009 chegou a quase 10% do PIB dos Estados Unidos, a maior percentagem desde a II Guerra Mundial.
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