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segunda-feira, 28 de junho de 2010

G8 e G20 longe da unanimidade para taxar transacções financeiras

Defendida pela França e pela Alemanha, a criação de uma "contribuição sobre as transacções financeiras" destinada a atenuar a ajuda pública ao desenvolvimento, está longe de conseguir a unanimidade no seio das grandes potências.
A questão será abordada durante uma cúpula do G20 (os oito mais industrializados, mais os principais estados emergentes) que será inaugurada este sábado e vai durar 24 horas na cidade canadiana de Toronto.
Os Estados Unidos, preocupados em impedir todos os entraves ao capitalismo, não aprovam a ideia desta taxa, mas, sem os americanos, o projecto corre o risco de ir por água abaixo.
A Chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu nesta sexta-feira: "Mantivemos discussões bilaterais até agora, mas temos a impressão de que outros países não partilham a atitude positiva da Europa a esse respeito".
Com o Presidente francês Nicolas Sarkozy, a Chanceler assinou uma carta recente enviada ao PM canadiano Stephen Harper, defendendo esta taxa e o seu debate na reunião de cúpula do G8 e do G20. "Conversei com o primeiro-ministro japonês e devo dizer que ele não se mostrou muito animado. Espero um apoio maior dos países emergentes", acrescentou ela.
Os Estados Unidos, o Canadá, o Japão... são três pesos pesados do G8 e será difícil chegar a um consenso, sem o apoio deles para uma questão, amplamente apoiada por Organizações Não Governamentais e Sindicatos.
"Mais de 150.000 cidadãos de todo o mundo assinaram uma petição para exigir ao G20 a criação desta taxa", destacam em nota várias ONGs, entre elas Oxfam, Attac e Care.
Para os seus defensores, a taxação sobre as transacções financeiras seria indolor. Alguns falam de uma taxa de 0,005% sobre o fluxo de capital, as negociações em bolsa e as transferências de dinheiro, o que poderá representar várias dezenas de milhares de dólares por ano, estimam.
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