Seguidores

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ban Ki-moon pede ao G20 que foque no desenvolvimento e economia verde

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu aos líderes que participavam da cúpula do Grupo dos 20 (G20, bloco de países ricos e emergentes) no fim-de-semana em Toronto que concentrassem as suas políticas económicas nas necessidades dos mais pobres e no crescimento "verde".
"Encorajo-os a apoiar iniciativas que mantenham a recuperação (da crise), ao mesmo tempo que realcem a estabilidade económica, protejam o meio ambiente e favoreçam os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)", assinalou Ban em carta aos responsáveis das 20 principais economias do mundo.
Na carta, o secretário-geral ressaltava que o desemprego, o alto preço dos alimentos e as matérias-primas, assim como a desigualdade, contribuíram para aumentar consideravelmente a fome, a pobreza e as tensões sociais ao longo do planeta.
"Agora, mais do que nunca, deve-se investir nos mais pobres do mundo para recuperar o terreno perdido no campo do desenvolvimento", ressaltou.
Ban também destacou que a recuperação económica se desenvolve a velocidades diferentes ao longo do globo, embora continue frágil na maioria dos países.
Por isso, assegurou que promover uma única solução para a crise não terá resultados, embora afirme que todas as políticas devem ter alguns aspectos em comum.
"Segundo a nossa experiência colectiva, a melhor maneira de conseguir um marco que favoreça um crescimento firme, sustentável e equilibrado é dar-lhe protagonismo ao desenvolvimento, além de investir numa economia verde", assegurou.
Junto à carta de Ban, a ONU também divulgou uma análise dos efeitos da crise na economia global, que destaca as dificuldades que inúmeros lares atravessam, inclusive em países que conseguiram resistir às suas consequências e recuperaram o crescimento económico.
Além disso, nos países pobres onde o impacto foi menor, produziu-se uma erosão da capacidade de resistência das economias familiares, que podem ter consequências negativas a longo prazo.
O Secretário-geral adjunto da ONU, Robert Orr, assinalou que é o dinamismo das economias em desenvolvimento que impulsiona a recuperação global.
"Mas isso não nos deve levar a pensar que ao mesmo tempo não há muito sofrimento no mundo em desenvolvimento" advertiu.
Nesse aspecto, ressaltou que por trás dos números macroeconómicos positivos das economias em desenvolvimento que sustentam o crescimento global há "cidadãos que sofrem de uma maneira desproporcional".
Texto daqui
Imagem daqui

Sem comentários: