Comissões Interpaíses – CIPs
Fruto dos Objectivos do Rotary e da Quarta Avenida de Serviços, as Comissões Interpaíses (CIP) visam promover a compreensão internacional, boa vontade e a paz mundial através de companheirismo entre rotários em dois países unidos pelo ideal de servir.
As CIPs promovem o fortalecimento das relações culturais, económicas, sociais e políticas, fundamental em períodos de mudanças dinâmicas e reformas radicais. As CIPs representam também um eficiente mecanismo para a promoção da paz entre países.
Tipicamente, as actividades das CIPs incluem intercâmbios de jovens associados com hospitalidade rotária. Cursos de treino profissional oferecem a estudantes e outras pessoas qualificadas a oportunidade de expandir os seus conhecimentos no país em que estarão hospedados, assim como de fortalecer as relações socioeconómicas entre ambos os países. Outra actividade bastante comum é o intercâmbio de famílias, especialmente durante os períodos de férias. Além disso, as CIPs facilitam a realização de projectos de Serviços à Comunidade Mundial e promovem maior conhecimento dos idiomas, graças aos vários programas de intercâmbio cultural, como conferências e outros eventos.
Só é possível estabelecer uma CIP quando existem dois países rotários determinados a trabalharem pela promoção das relações internacionais, da paz, da compreensão mundial e da solidariedade do Rotary.
Todas as actividades das CIPs devem estar em consonância com os objectivos do Rotary International. Os países são encorajados a manter relações contínuas, trocar directórios e publicações regionais, informarem-se mutuamente sobre eventos rotários relevantes nos seus territórios, assim como manter informadas as revistas regionais. Representantes de ambas as nações devem reunir-se pelo menos uma vez por ano, alternando o local entre os dois países.
CIPs de Rotary em Portugal:
Portugal/Porto-Rico
Portugal/Alemanha
Portugal/Angola
Portugal/Belux
Portugal/Brasil
Portugal/Cabo Verde
Portugal/Espanha
Portugal/França
Portugal/Giné-Bissau
Portugal/Itália
Portugal/Marrocos
Portugal/Moçambique
Portugal/São Tomé e Príncipe
CIPs no mundo e as razões para um franco entusiasmo
Tive a oportunidade agora no Conselho da Europa, em Estrasburgo, de constatar a amplitude, consistência, coerência e impacto das CIPs de Rotary como «um caminho para a paz».
Alguma rotina do passado deu lugar a uma intervenção proactiva em quatro continentes absolutamente espantosa.
Em simultâneo com o papel da parceria de RI com as Universidades no âmbito da paz e resolução de conflitos, Rotary tem agora este poderoso instrumento para, em conformidade com os seus objectivos, estar presente e positivamente interveniente nos pequenos e grandes conflitos e contribuir para o melhor entendimento entre as pessoas dos diferentes países. A estrutura lançada para intervir com os nossos princípios nas soluções para a paz mo Mediterrâneo, foi particularmente enfatizada nesta Reunião de Estrasburgo.
Essa rotina a que me refiro, mais visível sobretudo nos países que foram pioneiros das CIPs, e que é compreensível à luz dalguma erosão degenerativa, própria da não renovação das ideias, é facilmente ultrapassável à luz da praxis quotidiana de Rotary no que respeita à liderança e ao Serviço.
O próximo Conselho de Legislação como a Convenção de Montreal, de Rotary International, reflectirão esta discussão, crescimento e novos horizontes, sendo previsível que tal venha a ter um impacto mundial considerável.
O Encontro CIP 2010 de Marinha Grande tem como objectivo ir um pouco mais longe nesta discussão. E propõe-se, simultaneamente, ser o princípio da caminhada para quantos irão integrar as secções portuguesas das várias novas CIP, bem como as estruturas de secções Portuguesas de CIP renovadas.
De Estrasburgo ficou a certeza que as CIP no seu conjunto irão trabalhar com países terceiros (e com prestigiadas organizações parceiras em cada país), no âmbito da cooperação a níveis diversos, mas particularmente nos grandes problemas (ou ênfases) de RI, da literacia à saúde, entre outras, potenciando-se no volume e qualidade dos apoios.
Ora este esforço tem forçosamente de envolver a participação sinérgica e exemplar dos Governadores de Distrito, da Equipa Distrital (e consequentemente de todos os Rotários que servem nas CIP) e dos Clubes.
Para quem se dispôs a contribuir para a paz e a cooperação Servindo em Rotary estes desígnios são perfeitamente factíveis.
PGD Henrique Pinto – Coordenador Nacional das CIP
Ilustração de Miguel Loureiro
Ilustração de Miguel Loureiro
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