Seguidores

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O que é o Terceiro Sector?

J. Delors e J. Gaudin utilizam pela primeira vez, em 1979, o termo Terceiro Sector num texto intitulado “Pour la création d′un troisième secteur, comment créer des emploi”, (Paris, Centre de Recherche Travail et Société, Université de Paris IX Dauphine, Mars).
Dado que “o reconhecimento da efectiva especificidade do Terceiro Sector e da pertinência da sua institucionalização não é consensual, nem do ponto de vista da sua concepção teórica, nem do ponto de vista político, nem mesmo internamente entre os agentes protagonistas das actividades desenvolvidas nas organizações” (Carlota Quintão in V Congresso Potuguês de Sociologia), seguem-se algumas definições do Terceiro Sector:
·        Define-se como o “conjunto de organizações muito diversificadas entre si, que representam formas de organização de actividades de produção e distribuição de bens e prestação de serviços, distintas dos dois agentes económicos – os poderes públicos e as empresas privadas com fins lucrativos-, designados frequentemente e de forma simplificada, por Estado e Mercado”.(Carlota Quintão in V Congresso Potuguês de Sociologia)
·        “O Terceiro Sector integra aquelas organizações que, não sendo Estado, produzem bens e serviços de interesse geral e que, sendo privadas, não têm como objectivo principal a apropriação individual do lucro.” (Sílvia Ferreira, in IV Congresso Português de Sociologia)
·        “as organizações que o compõem tendem a defender os interesses colectivos, a introduzir mecanismos de solidariedade, a intervir no mercado oferecendo bens e gerindo serviços. Isto pode ser interpretado como o resultado da incapacidade do mercado em responder onde a procura não é solvente ou onde exista crise relativa ao Estado de Bem-Estar, o qual tem tendência para delegar as suas funções no sector "privado social" (Donati, P.P., 1978), devido ao seu menor custo e maior versatilidade.”
·        “O conceito de Terceiro Sector expandiu-se nas décadas de 80 e 90, a partir supostamente da necessidade de superação da dualidade público/privado e da crença de que este novo sector possa dar as respostas que o Estado já não pode dar e que o mercado não procura dar.”
Texto daqui
Imagem daqui

Progresso no desafio dos US$200 milhões de dólares para erradicar a Pólio

Até ao dia 25 de Maio, os rotários já haviam arrecadado cerca de US$127,4 milhões para o “Desafio 200 Milhões de Dólares”, com o intuito de equiparar os US$355 milhões recebidos da Fundação Bill e Melinda Gates. O total dos US$555 milhões será usado para financiar as campanhas de imunização em países em desenvolvimento, onde a Pólio ainda infecta e paralisa crianças, privando-as de um futuro melhor e agregando sofrimento às suas famílias.
Enquanto a Pólio ameaçar uma criança sequer, em qualquer lugar, todas as crianças do mundo correm o mesmo risco.

O que é uma ONG?

A sigla ONG corresponde a Organização Não-Governamental — uma expressão que admite muitas interpretações. A definição textual (ou seja, aquilo que não é do governo) é tão ampla que abrange qualquer organização de natureza não-estatal.
No âmbito mundial, a expressão surgiu pela primeira vez na Organização das Nações Unidas (ONU) após a II Guerra Mundial, com o uso da denominação em inglês “Non-Governmental Organizations (NGOs)” para designar organizações supranacionais e internacionais que não foram estabelecidas por acordos governamentais.
Do ponto de vista formal, uma ONG é constituída pela vontade autónoma de mulheres e homens, que se reúnem com a finalidade de promover objectivos comuns de forma não lucrativa.
Por não ter objectivos confessionais ou eleitorais, juridicamente toda a ONG é uma associação civil ou uma fundação privada.
No entanto, nem toda a associação civil ou fundação é uma ONG. Entre clubes recreativos, hospitais e universidades privadas, asilos, associações de bairro, creches, fundações e institutos empresariais, associações de produtores rurais, associações comerciais, clubes de futebol, associações civis de benefício mútuo, etc. e ONGs, têm objectivos e actuações bastante distintos, às vezes, até opostos.
A expressão é habitualmente relacionada com um universo de organizações, que apoiam organizações populares, com objectivos de promoção da cidadania, defesa de direitos e luta pela democracia política e social. As primeiras ONGs nasceram em sintonia com as exigências e dinâmicas dos movimentos sociais, com ênfase nos trabalhos de educação popular e de actuação na elaboração e controle social das políticas públicas.
Segundo Herbert de Souza, o Betinho: “uma ONG se define por sua vocação política, por sua positividade política: uma entidade sem fins de lucro cujo objectivo fundamental é desenvolver uma sociedade democrática, isto é, uma sociedade fundada nos valores da democracia – liberdade, igualdade, diversidade, participação e solidariedade. (...) As ONGs são comités da cidadania e surgiram para ajudar a construir a sociedade democrática com que todos sonham”.
Ao longo da década de 1990, com o surgimento de novas organizações privadas sem fins lucrativos, trazendo perfis e perspectivas de actuação social muito diversas, o termo ONG acabou por ser utilizado por um conjunto grande de organizações, que muitas vezes não têm qualquer semelhança entre si, podendo-se então definir como ONG um grupo social organizado, sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente, caracterizado por acções de solidariedade no campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de populações excluídas das condições da cidadania”.
Texto daqui
Imagem daqui

VOLUNTARIADO, o que é…

Declaração Universal sobre o Voluntariado
Preâmbulo
1 – Os voluntários, inspirados na Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 e na Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989, consideram o seu compromisso como um instrumento de desenvolvimento social, cultural, económico e do ambiente, num mundo em constante transformação. Fazem seu, o princípio de que, “Todas as pessoas têm direito à liberdade de reunião e associação pacífica”.
2 – O Voluntariado:
      É uma decisão voluntária, apoiada em motivações e opções pessoais;
      É uma forma de participação activa do cidadão na vida das comunidades;
      Contribui para a melhoria da qualidade de vida, realização pessoal e uma maior solidariedade;
      Traduz-se, regra geral, numa acção ou num movimento organizado, no âmbito de uma associação;
      Contribui para dar resposta aos principais desafios da sociedade, com vista a um mundo mais justo e mais pacífico;
      Contribui para um desenvolvimento económico e social mais equilibrado, para a criação de empregos e novas profissões.
Princípios fundamentais do Voluntariado
1 – Os voluntários põem em prática os seguintes Princípios Fundamentais:
   Reconhecem a todo o homem, mulher e criança o direito de se associarem, independentemente da sua raça, religião, condição física, social ou material;
   Respeitam a dignidade de todo o ser humano e a sua cultura;
   Oferecem individualmente ou no âmbito de uma associação, ajuda mútua e serviço, de uma forma desinteressada e com o espírito de partenariado e fraternidade;
   Estão atentos às necessidades das pessoas e comunidades e desencadeiam, com a sua colaboração, a resposta adequada;
   Têm em vista, igualmente, fazer do voluntariado um factor de realização pessoal, aquisição de conhecimentos e novas competências, desenvolvimento das capacidades, favorecendo a iniciativa e a criatividade, permitindo a cada um ser mais membro activo do que beneficiário da acção voluntária;
   Estimulam o espírito de responsabilidade social e encorajam a solidariedade familiar, comunitária e internacional.
2 – Tendo em conta estes princípios fundamentais, devem os voluntários:
   Encorajar a transformação do compromisso individual em movimento colectivo;
   Apoiar, de maneira activa, a sua associação, aderindo conscientemente aos seus objectivos, informando-se das suas políticas de funcionamento;
   Comprometer-se a cumprir correctamente as tarefas definidas em conjunto, de acordo com as suas capacidades, tempo disponível e responsabilidades assumidas;
   Cooperar, com espírito de compreensão mútua e estima recíproca, com todos os membros da sua associação;
   Aceitar receber formação;
   Trabalhar com ética, no desempenho das suas funções.
3 – Tendo em conta a Declaração Universal dos Direitos do Homem e os Princípios Fundamentais do Voluntariado, devem as associações:
   Elaborar os estatutos adequados ao exercício do trabalho voluntário;
   Definir os critérios de participação dos voluntários, no respeito das funções claramente definidas para cada um;
   Confiar, a cada um, as actividades que lhe são adequadas, assegurando a formação e acompanhamento necessários;
   Prever e dar a conhecer a avaliação periódica dos resultados;
   Prever, de forma eficaz, a cobertura dos riscos a que os voluntários estão sujeitos no exercício das suas funções e os prejuízos que estes, involuntariamente, possam provocar em terceiros, no decurso da sua actividade;
   Facilitar a participação de todos os voluntários, reembolsando-os, se necessário, com as despesas efectuadas com o seu trabalho;
   Estabelecer a forma de rescisão do vínculo, quer por parte da associação quer do voluntário.
Proclamação
Os voluntários, reunidos por iniciativa da International Association for Volunteer Effort (IAVE), em Congresso Mundial, declaram a sua fé na acção voluntária, como uma força criadora e mediadora para:
   Respeitar a dignidade de toda a pessoa, reconhecer a sua capacidade de exercer os seus direitos de cidadão e ser agente do seu próprio desenvolvimento;
   Contribuir para a resolução dos problemas sociais e do ambiente;
   A construção de uma sociedade mais humana e mais justa, favorecendo igualmente uma cooperação mundial.
Assim convidam os Estados, as Instituições Internacionais, as empresas e os meios de comunicação social a unirem-se a eles, como parceiros, para construir um ambiente internacional favorável à promoção e apoio de um voluntariado eficaz, acessível a todos, símbolo de solidariedade entre os homens e as Nações.
Paris, 14 de Setembro de 1990
Imagem daqui

Solidariedade e o que significa ser solidário?

Ser solidário é desenvolver uma consciência pessoal de que a dignidade da pessoa pode não ser plena se obscurecida, travada, por carências de natureza material (acesso a recursos ou à forma de os obter), intelectual (falta de possibilidade de usufruir de recursos educativos) e social (por se encontrarem em situação de exclusão relativamente aos recursos da sociedade) em que parte da população mundial vive. 
Sentimento geral de identificação com interesses e responsabilidades perante o outro, sendo ele um grupo social, uma nação ou a humanidade inteira. Tendo cada vez mais consciência das desigualdades e da exclusão que nos rodeiam, desde o mais próximo ao mais distante, vários países, entidades e particulares são levados a intervir com o objectivo de minorar as assimetrias verificadas no que concerne ao desenvolvimento. A acção destes intervenientes tem, geralmente, por base a solidariedade e vontade de contribuir para a melhoria do mundo em que vivemos.
Agir solidariamente refere-se a uma relação com o outro, em que se procura o seu bem, de forma justa e em igualdade de capacidades, com reconhecimento da importância de cada acção como resposta a necessidades comuns. Esta acção individual deve orientar-se sem criar dependências e procurando o desenvolvimento dos destinatários e sua responsabilização na resolução dos seus problemas.
Imagem daqui

terça-feira, 29 de junho de 2010

Conhecer a comunidade, agir em solidariedade...

Portugueses vivem «ensanduichados»

Maioria dos portugueses vive com menos de 900 €/mês e tem dificuldades em pagar as despesas.
Um quinto (205) vive abaixo do limiar da pobreza.
Começam a proliferar em Portugal as chamadas «famílias sanduíche». São compostas por membros trabalhadores, com rendimentos superiores ao limiar de pobreza, mas que têm dificuldades em suportar todas as despesas.
Um estudo do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) conclui que 57% dos portugueses vivem com menos de 900 euros por mês, um dado que surpreendeu os responsáveis pelo estudo «Necessidades em Portugal».
Estas famílias «têm dificuldades em suprir as suas necessidades quotidianas e muitas vezes são ajudados pelos familiares para terem os bens básicos», afirmou a investigadora do Centro de Estudos Territoriais do ISCTE e coordenadora do estudo, Isabel Guerra à Renascença.
O estudo conclui ainda que os portugueses gostam do seu trabalho, «mas acham-se injustamente remunerados, o que depois se associa a um mal-estar em relação à visão do futuro e à capacidade de terem melhores rendimentos», refere ainda.
Os portugueses consideram-se, apesar de tudo, felizes. Numa escala de 1 a 10, o grau de felicidade nacional situa-se nos 6,6, nota positiva, ainda que abaixo da média europeia, que fica nos 7,5.
O estudo conclui também, que um quinto das famílias portuguesas (cerca de 20%) vivem abaixo do limiar de pobreza.
Nas conclusões deste estudo, que é apresentado esta segunda-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, os especialistas recomendam que o mercado de trabalho seja uma prioridade para os decisores políticos, não só por causa dos rendimentos que gera, mas também porque desempenha um papel social que não pode ser substituído por subsídios.
Texto daqui

Escultura “Muchas vecez” de Juan Muñoz

Mais uma Universidade Sénior de Rotary

O Rotary Club de Caminha teve a iniciativa de concretizar o projecto de uma Universidade Sénior, de parceria com a Câmara e instituições públicas e privadas do concelho, permitindo que a partir de Outubro os seniores do concelho já a possam frequentar, na sua sede, na Praça Conselheiro Silva Torres, 59, 2º Esquerdo.
Para ser estudante desta Universidade é simples: basta ser sócio da Universidade Sénior do Rotary Club de Caminha, ter mais de 50 anos de idade e ser aposentado.
As aulas têm início em Outubro, e neste momento estão a decorrer as pré-inscrições, que terminam no dia 17 de Julho. Se estiver interessado em fazer a pré-inscrição, contacte a Universidade Sénior através do e-mail universidadeseniorcaminha@gmail.com, ou dos telefones 914218735, 919867703, 936616540, 919892051 ou 917544073, ou então na própria sede, às 4ª-feiras das 10h às 17h.
Notícia completa daqui
Foto daqui

Voluntariado também está a dar…

Voluntários do Campeonato do Mundo ganham experiência para fugir do desemprego
Quase 70 mil pessoas, de 170 países, candidataram-se como voluntários para este Mundial.
Entre as dezenas de milhares de profissionais que trabalham no Campeonato do Mundo de Futebol do Mundo da África do Sul, 18 mil são diferenciados. Cumprem jornadas de 7 horas de trabalho, 5 dias por semana, mas não recebem nada por isso. Na verdade, são voluntários, que buscam no Mundial uma experiência profissional relevante para enriquecer o currículo.
Estão em toda parte nas cidades-sede do Campeonato do Mundo de Futebol - ajudando os adeptos a encontrarem os seus lugares nos estádios, dando informações nos arredores do Centro de Imprensa ou colaborando no transporte de turistas e convidados aos locais dos jogos. Na sua maioria sul-africanos, esperam que o serviço prestado os ajude a encontrar uma saída para o desemprego que atinge o país, onde há 25% de desempregados.
Alfred diz que com o conhecimento adquirido durante o campeonato, pode conseguir o emprego que não tem há seis meses. “Estou a aprender a controlar a saída de veículos e testar a sua manutenção e posso depois tentar uma vaga como controlador de tráfego.”
Outro sul-africano, Bongi Haba, de 27 anos, também desempregado, resolveu se candidatar a uma vaga como voluntário no Campeonato do Mundo de Futebol, trabalhando no transporte de convidados FIFA. Além de ganhar experiência profissional, combina no voluntariado duas das suas maiores paixões: o futebol e a África do Sul. “Eu amo futebol e amo o meu país”, afirma. “O voluntariado junta as duas coisas. Eu trabalho no Campeonato do Mundo de Futebol e ajudo a África do Sul a sediar o Mundial.”
Notícia e foto daqui

Rotary apoia desabrigados no Brasil com as ShelterBox

Dias de chuvas torrenciais, enchentes e cidades inteiras "varridas" do mapa, onde cerca de 100.000 pessoas perderam as suas casas, tendo sido o Estado de Alagoas o mais afectado.
Entretanto, foram mobilizadas e chegarão ao Recife, vindas do Reino Unido, duas pessoas do ShelterBox Response Team (SRT), para coordenarem o atendimento inicial.
Um deles acabou de chegar do Haiti e terá 48 horas para voltar ao trabalho com as Shelterbox e confessou: "Essa implantação será tão desafiadora como a do Haiti, o objectivo é o mesmo, mais abrigos, emergências para as famílias necessitadas, o mais rápido que pudermos".
A equipa vai trabalhar com os Rotários do Brasil e com Conrado Orsatti coordenador da ShelterboxBrasil.
O Chefe de Operações da Shelterbox, John Leach, disse: "Historicamente, tem sido extremamente difícil para a ShelterBox ajudar o Brasil, mesmo quando houve uma necessidade evidente. Agora há uma clara necessidade de ajudar o Brasil e nós faremos tudo que esteja ao nosso alcance, tanto aqui no Reino Unido e com os nossos contactos do Rotary no Brasil, para eliminar a burocracia e obter abrigo de emergência às famílias em necessidade desesperadas”.
Rotary em Portugal, já conta com uma equipa para angariação de fundos para aquisição das Shelterbox e coordenar uma hipotética utilização das mesmas, no país ou no estrangeiro, em caso de calamidades naturais.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Santa Sé: G8 não deu os frutos esperados

“Pietá” de Miguel Ângelo
O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone criticou o resultado das cúpulas nos últimos dias por alguns dos líderes mais importantes do mundo, no Canadá.
"O G8 não deu os frutos esperados. Agora confiamos que o G20 possa fazer qualquer coisa a mais" – declarou o Cardeal, falando sobre a crise económica durante a homilia celebrada na localidade de Chiavari, na província italiana de Génova.
O Secretário de Estado apontou as dificuldades, "especialmente dos mais vulneráveis", e citou os problemas dos jovens, "que não têm salários justos" e das pessoas que perdem o trabalho e não conseguem achar outro.
Ele acrescentou que, diante de uma situação de crise, cada cristão deveria sentir-se chamado a edificar a sociedade sobre os valores evangélicos, capazes de ajudar quem se encontra numa situação de necessidade, assim como demonstrar solidariedade com quem se encontra na indigência.
A propósito, o Cardeal destacou o trabalho que está a ser feito pela Igreja para ajudar os mais vulneráveis, em resposta à crise, citando em especial a sua actividade educativa, de assistência e de promoção humana.
Neste fim-de-semana, realizou-se no Canadá a Cúpula do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo e dos principais emergentes), evento que se seguiu à Cúpula do G8 (grupo dos países mais industrializados do mundo e a Rússia).
O resultado de ambos os encontros foi considerado fraco pelos media e por organizações não-governamentais - ONGs.
Notícia daqui

G8 e G20 longe da unanimidade para taxar transacções financeiras

Defendida pela França e pela Alemanha, a criação de uma "contribuição sobre as transacções financeiras" destinada a atenuar a ajuda pública ao desenvolvimento, está longe de conseguir a unanimidade no seio das grandes potências.
A questão será abordada durante uma cúpula do G20 (os oito mais industrializados, mais os principais estados emergentes) que será inaugurada este sábado e vai durar 24 horas na cidade canadiana de Toronto.
Os Estados Unidos, preocupados em impedir todos os entraves ao capitalismo, não aprovam a ideia desta taxa, mas, sem os americanos, o projecto corre o risco de ir por água abaixo.
A Chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu nesta sexta-feira: "Mantivemos discussões bilaterais até agora, mas temos a impressão de que outros países não partilham a atitude positiva da Europa a esse respeito".
Com o Presidente francês Nicolas Sarkozy, a Chanceler assinou uma carta recente enviada ao PM canadiano Stephen Harper, defendendo esta taxa e o seu debate na reunião de cúpula do G8 e do G20. "Conversei com o primeiro-ministro japonês e devo dizer que ele não se mostrou muito animado. Espero um apoio maior dos países emergentes", acrescentou ela.
Os Estados Unidos, o Canadá, o Japão... são três pesos pesados do G8 e será difícil chegar a um consenso, sem o apoio deles para uma questão, amplamente apoiada por Organizações Não Governamentais e Sindicatos.
"Mais de 150.000 cidadãos de todo o mundo assinaram uma petição para exigir ao G20 a criação desta taxa", destacam em nota várias ONGs, entre elas Oxfam, Attac e Care.
Para os seus defensores, a taxação sobre as transacções financeiras seria indolor. Alguns falam de uma taxa de 0,005% sobre o fluxo de capital, as negociações em bolsa e as transferências de dinheiro, o que poderá representar várias dezenas de milhares de dólares por ano, estimam.
Notícia daqui
Imagem daqui

ONGs dizem-se decepcionadas com conclusões do G8, em Toronto, Canadá

Várias Organizações Não-Governamentais rejeitaram, este sábado, as conclusões da cúpula dos 8 países mais industrializados do mundo (G8), que consideraram uma resposta insuficiente, em temas como o ambiente e o combate à pobreza.
"O Greenpeace não pode dar mais que uma má nota aos dirigentes do G8, que não tomaram as medidas que a protecção do clima exige", destacou, em comunicado, Kumi Naidoo, titular da organização ambientalista internacional. Os avanços para eliminar os combustíveis fósseis nem foram citados no encontro, condenou, acrescentando: "Quando esperamos que o G20 apresente detalhes sobre a eliminação progressiva das subvenções aos combustíveis fósseis, o G8 anuncia novas subvenções destinadas a apoiar os combustíveis sujos".
Para Guillaume Grosso, da ONG de combate à pobreza, Oxfam, a cúpula do G8 foi "decepcionante" na sua resposta aos problemas de saúde materna e infantil nos países em desenvolvimento. As ajudas prometidas somam "5 mil milhões de dólares, quando seriam necessários pelo menos 20 mil milhões" de dólares. "Em cada ano, cerca de 9 milhões de crianças e 350.000 mães morrem por falta de acesso a cuidados médicos", destacou.
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) rejeitou as conclusões dos líderes dos países mais ricos do mundo: "A boa nova é que a mudança climática está sempre na ordem do dia. A má notícia é que não há nenhum compromisso novo para cumprir o que deve ser feito", denunciou Kim Carstensen, desta organização ambientalista.
Notícia daqui
Imagem daqui

Para se entender(?) o que fazemos e não podemos… II

Das 12H00 de 21 de Junho às 12H00 de 28 de Junho de 2010
Proveito monetário das operadoras telefónicas em Portugal até este momento.
3.993.111.320 € / 4.155.792.340 € (+162.681.020 €): 23.240.146 €/dia
Valor monetário dos lucros da banca em Portugal até este momento.
1.268.397.893 € / 1.320.076.848 € (+51.678.955 €): 7.382.708 €/dia
Valor monetário dos lucros da EDP até este momento.
442.069.515 € / 460.072.318 € (+18.002.803 €): 2.571.829 €/dia
Valor monetário das receitas do conjunto de Casinos até este momento.
164.423.118 € / 171.121.276 € (+6.698.158 €): 956.880 €/dia
Novos desempregados até este momento.
83.620 / 87.026 (+3.406): 486/dia
Foto daqui

Notícia(s) do(s) dia(s)…

O mês tem mais dias do que dinheiro e o futuro continuará a ser igual
Estudo da Tese coordenado pelo ISCTE revela que quase um terço das famílias portuguesas vive num limbo. Dizem que estão “em stand-by”, mas já entraram numa curva descendente.
São gente vulgar. Não estão classificados oficialmente como pobres, a maioria ainda não perdeu o emprego, têm filhos a cargo e uma dificuldade comum em conseguir chegar ao fim do mês sem percalços de maior.
Os adultos que integram estes agregados ganham por mês entre 379 e 799 euros - estão por isso acima do limar da pobreza, uma linha que separa quem ganha mais ou menos do que 60% do rendimento médio - e representam 31% dos agregados residentes em Portugal. Outros 20,1% estão classificados como pobres.
Notícia completa aqui
__________________________________________________________
Crianças são quem tem maior risco de pobreza
Uma em cada cinco crianças portuguesas vive numa família com rendimento abaixo do limiar de pobreza, o que faz das crianças até aos 17 anos o grupo com maior risco de pobreza em Portugal. Os números dizem que 23,5% das crianças correm esse perigo.
O indicador de risco de pobreza infantil em Portugal tinha vindo a baixar paulatinamente nos últimos quatro anos, mas em 2008 – ano a que respeitam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) – houve uma inflexão da trajectória e o risco de pobreza subiu para um valor acima do que se registava em 2005 (23,2%).
Se em 2007 o risco de pobreza infantil estava nos 20,8%, em 2008 passou a atingir 23,5% das crianças e adolescentes.
Notícia completa aqui
Foto daqui
__________________________________________________________
Milionários já se refizeram da crise

No dia em que um estudo revelou que 73% dos europeus consideraram que no seu país a pobreza aumentou no último ano, outro estudo revela que os detentores das maiores fortunas do mundo já recuperaram das perdas da crise que atingiu o mundo em 2009.

A consultora francesa "Capgemini" e o banco de investimento norte-americano "Merrill Lynch" divulgaram esta terça-feira um estudo que revela que a crise que avassalou o mundo em 2009 e que ainda determina as políticas internacionais não afectou todos da mesma maneira.

Notícia completa aqui

Gráfico daqui